A comunidade cristã na Nigéria vive o seu pior momento em décadas, enfrentando uma onda de perseguição religiosa que tem ceifado a vida de milhares de fiéis e expulsando outros de suas casas, terminando na redução de quase metade da população cristã no país, segundo informações de um pastor local, em janeiro desse ano.
Apesar disso, diversas igrejas localizadas em aldeias como Gwoza e Chibok estão testemunhando o agir de Deus em meio à intolerância de grupos islâmicos radicais como o Boko Haram, se mantendo firmes diante da perseguição.
O Presidente da Associação Cristã da Nigéria (CAN) em Chibok, pastor Madu, disse que não existe igreja em sua região que tenha se dobrado diante das perseguições. “Não há nenhuma” assim, garante o líder religioso, ressaltando que mesmo sob ataque, todas permanecem fiéis.
“Quero assegurar-lhes que até em Katamaru, que foi atacado há três semanas, numa sexta-feira e teve suas igrejas destruídas, no domingo todos os cristãos, independentemente de suas denominações, se reuniram e adoraram em uma escola primária”, disse Madu.
Para o pastor, nenhum tipo de ameaça será suficiente para impedi-los de adorar a Jesus Cristo, “a menos que estejamos mortos”, disse ele, segundo informações da Global Christian News.
“Você encontrará congregações de 200 a 600 pessoas, e até 22 igrejas que se reúnem agora em Chibok. Atualmente, podemos estar enfrentando todo tipo de provações, mas deixe-me assegurar-lhes que a Igreja ainda está de pé”, garantiu Madu.
Finalmente, o pastor Madu revela que os líderes evangélicos se desdobram como podem por amor a Deus, já que muitos não recebem qualquer tipo de salário, devido à pobreza local. Assim, com poucos recursos e correndo risco de vida, eles sabem que estão nas mãos de Deus.
“Apesar de todos esses desafios, adoramos nosso Senhor Jesus como se não houvesse amanhã”, disse ele.
“Embora muitos Pastores não tenham salários ou remunerações de suas Igrejas ou denominações e muitos têm que ir às fazendas para conseguir dinheiro… apesar disso, todos os pastores resolveram servir ao Senhor e morrer fazendo isso”, conclui.