Ao longo dos últimos sete anos, o presidente Barack Obama tem tentado restringir a venda de armas de fogo nos Estados Unidos, de forma a garantir que pessoas com histórico criminal ou de problemas psicológicos, tenham o acesso restrito.
Na última terça-feira, 05 de janeiro, Obama parafraseou Jesus em seu discurso de anúncio de medidas complementares à atual legislação, quando lembrou o caso de uma vítima de um tiroteio deliberado no estado do Tennessee em dezembro.
Referindo-se a Zaevion Dobson, de apenas 15 anos, que tomou a frente de um grupo de meninas para evitar que elas fossem alvejadas, Obama disse: “Ele deu sua vida para salvar a delas, um ato de heroísmo muito maior do que qualquer coisa que poderíamos esperar de um adolescente de 15 anos. ‘Ninguém tem maior amor do que este, de dar a alguém a sua vida pelos seus amigos’”, afirmou o presidente, referindo-se à fala de Jesus narrada no Evangelho de João, capítulo 15, versículo 13.
O caso que levou Obama a chorar em frente às câmeras foi o da escola primária Sandy Hook, em Newtown, no estado de Connecticut, quando em 14 de dezembro de 2012, 20 crianças e seis adultos perderam a vida num atentado perpetrado por Adam Lanza, 20 anos, de acordo com o Christian Post.
“Toda vez que eu penso naquelas crianças, eu fico revoltado. Isso mudou algo em mim, naquele dia. Minha esperança tem sido, seriamente, a de mudar o país”, disse o presidente, em lágrimas.
A iniciativa de Obama em aumentar as verificações dos antecedentes de quem quer comprar armas de fogo pela internet ou em feiras de armas – que eram feitas com maior flexibilidade -, é, na verdade, uma aplicação mais rigorosa da atual legislação em vigor, de acordo com informações do Jornal Nacional.