A ascensão de Jesus aos céus após sua ressurreição, conforme relatado na Bíblia Sagrada, desperta dúvidas em alguns cristãos, e o pastor John Piper abordou o assunto em uma edição recente de seu podcast.
O tema veio à tona diante da pergunta de um ouvinte que não entendia o motivo de Jesus não ter permanecido após sua ressurreição, ao lado do Espírito Santo, dando sequência ao Seu ministério.
John Piper iniciou sua resposta contextualizando um aspecto lógico, já que Jesus “estaria espacialmente limitado” se não tivesse ascendido, e “não poderia estar em um lugar e em outro lugar e em outro lugar ao mesmo tempo”.
“Sua presença introduziria uma séria confusão sobre como os cristãos deveriam se relacionar com Ele. Alguns tentariam se relacionar com ele pelo Espírito, mas ficariam desequilibrados – sabendo que ele está a 160 ou 16 mil quilômetros de distância, na Terra”, acrescentou o pastor, indicando possíveis complicações.
Piper também disse que a ascensão demonstrou a autoridade de Jesus: “O papel pós-ressurreição de Cristo como o Deus-homem governando o cosmos é melhor representado se Ele estiver sentado à direita de Deus do que andando na Terra”, argumentou.
“Este papel exaltado – como acima de todo governo e autoridade no universo e como cabeça da igreja universal – seria obscurecido, não seria? Seria obscurecido se Jesus ainda estivesse andando entre nós”, questionou.
Uma terceira razão, disse Piper, é que a ascensão foi “a coroação adequada para Seu trabalho triunfante na cruz e Sua nova superioridade encarnada sobre os anjos”, acrescentando que se Jesus “não tivesse tomado este assento, a grandeza de Sua conquista na cruz e a grandeza de Sua nova superioridade encarnada seria obscurecida”.
O papel intercessor de Jesus para aqueles que acreditam n’Ele é melhor alcançado com Jesus estando no Céu do que se Ele tivesse permanecido na Terra, afirmou: “A atual intercessão de Cristo à direita de Deus não seria corretamente exercida ou exibida se Cristo ainda estivesse aqui entre nós após a ressurreição”.
Como base para seus argumentos, Piper citou Romanos 8:33-34: “Quem intentará acusação contra aqueles a quem Deus escolheu? É Deus quem justifica. Quem então é aquele que condena? Ninguém. Cristo Jesus que morreu – mais do que isso, que ressuscitou – está à direita de Deus e também intercede por nós”.
O pastor também destacou que o envio do Espírito Santo aos crentes “não poderia acontecer até que Cristo [fosse] completamente glorificado – o que incluiu sua ascensão ao Pai”.
“A glorificação de Jesus à direita de Deus foi essencial porque o Espírito que seria enviado por Jesus e pelo Pai é o Espírito do Cristo glorificado. [Essa foi] a maneira de Deus glorificar Seu Filho”, como será visto na Segunda Vinda: “O plano de Deus é que o Cristo ressuscitado receba grande glória no final desta era, não por itinerar na terra por 2.000 anos, mas por descer do Céu em poder e grande glória, e derrotar o homem da iniquidade, e ser maravilhado por todo o Seu povo”, finalizou John Piper, de acordo com informações do portal The Christian Post.