O pregador evangélico Matheus Sathler, candidato a deputado federal pelo PSDB de Brasília, tornou-se o centro das atenções nas redes sociais nos últimos dias ao propor a criação do “kit macho”.
Sathler é advogado e ficou conhecido em 2013, no auge das críticas ao pastor Marco Feliciano (PSC-SP), por dizer que Deus usaria os crentes “machos” para lutar contra o ativismo gay e suas propostas. “Deus vai começar algo poderoso dentro do seio da igreja para poder trazer transformação para a sociedade […] Deus quer usar você, meu irmão. Você como macho, você como um homem, sem vergonha de ter essa característica dada por Deus […] Essa aberração desse chamado casamento… Isso não é casamento na terra, no céu, isso é casamento só no inferno. Macho com macho não vai ser casamento nunca”, disse à época, comentando a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que reconheceu a união homossexual como casamento.
Membro da Assembleia de Deus Ministério Missão Vida, Sathler tem como mote de campanha a criação do “kit macho” e do “kit fêmea”, para blindar as crianças da “influência homossexual”.
A plataforma de campanha do advogado vai além em seu ativismo contra a homossexualidade: ele diz que se for eleito, doará metade de seu salário de parlamentar para sustentar campanhas de “combate e também à recuperação de crianças vítimas do estupro homossexual”.
“Eu me comprometo em criar o kit macho e também o kit fêmea, um nome carinhoso para poder rivalizar com o kit gay que está sendo distribuído nas escolas brasileiras, ensinando o homossexualismo ao seu filho a partir dos quatro anos de idade, agora com a antecipação da idade escolar de 4, 5 anos de idade. Seu filho já vai ser educado [entendendo] que dois homens ou duas mulheres não são família […] Prevenir o homossexualismo é melhor do que remediar”, dispara o candidato.