Um novo atentado terrorista próximo a um local de culto na Europa deixou, até agora, cinco mortos, sendo quatro vítimas e o agressor, em Viena. Outras 15 pessoas foram feridas, com sete sob risco de morte. O episódio sucede outro ataque brutal em uma igreja.
O atentado da última segunda-feira, 02 de novembro, na Áustria, ocorreu em frente a uma sinagoga. Conforme informações da BBC, homens armados com rifles abriram fogo contra pessoas que estavam em frente ao principal templo judeu na capital austríaca, e mataram pelo menos quatro pessoas.
As autoridades austríacas declararam que o um dos terroristas foi morto na resposta da Polícia, e buscas em sua residência revelaram que ele é simpatizante do Estado Islâmico, grupo extremista muçulmano que há anos vem perseguindo cristãos, judeus e outras minorias étnicas e religiosas por onde passa. O homem portava um rifle, uma pistola, uma machete e um colete de explosivos falsos.
O chanceler austríaco Sebastian Kurz classificou a ação um “ataque terrorista repulsivo”, enquanto Karl Nehammer, ministro do Interior austríaco, deu mais detalhes da relação do agressor com os extremistas muçulmanos.
A Áustria está impondo um novo lockdown como medida para tentar conter o crescimento dos casos de infecções pelo novo coronavírus. O atentado ocorreu horas antes, com os terroristas abrindo fogo contra pessoas que estavam em frente à sinagoga. Um policial que vigiava o templo foi ferido, afirmou Nehammer.
“Ouvimos barulhos que pareciam fogos de artifício. Ouvimos cerca de 20 a 30 (disparos) e percebemos que eram tiros de verdade. Vimos as ambulâncias… enfileiradas. Havia vítimas. Infelizmente, também vimos um corpo deitado na rua ao nosso lado”, disse Chris Zhao, que estava em um restaurante próximo no momento em que os terroristas abriram fogo.
Convocação
Dias atrás, na quinta-feira 29 de outubro, um atentado terrorista praticado por um extremista muçulmano dentro de uma igreja em Nice, na França, deixou quatro pessoas mortas, incluindo uma brasileira de 40 anos de idade.
O ataque sucedeu a decapitação de um professor no dia 16 de outubro, em Conflans-Sainte-Honorine, uma pequena cidade de 35 mil habitantes, situada a 50 quilômetros de Paris.
Os dois atentados, motivados pelo fanatismo, motivaram uma declaração do ex-primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad, incentivando a barbárie. O político publicou no Twitter que os muçulmanos têm o direito de matar milhões de franceses por causa de “massacres do passado”.
“Independente de religião, pessoas com raiva matam. Os franceses, ao longo de sua história, mataram milhões de pessoas. Muitos eram muçulmanos. Os muçulmanos têm o direito de ficar com raiva e matar milhões de franceses pelos massacres do passado”, escreveu o malaio, conforme informações do Estadão. O tweet foi excluído posteriormente.
Esses episódios remontam a declarações anteriores do Estado Islâmico, que em novembro de 2015, prometeu invadir Roma como parte de seu “dever” para dar cumprimento a uma predição de Maomé, e também derrubar a Torre Eiffel como forma de retaliar a postura da França em apoio às forças aliadas que atuaram para retomar os territórios iraquiano e sírio, que estavam sob domínio dos extremistas à época.