Os ataques contra os cristãos na Índia devem ser reconhecidos pelo governo como verdadeiros atos de terrorismo. É o que pedem os bispos indianos, comentando a aprovação na última quarta-feira, 17, de dois projetos de lei sobre o tema.
Segundo os bispos, a definição de terrorista que os projetos de lei apresentam é limitada e deveria, ao invés, aderir àquela indicada no National Security Guard Act de 1986, que define terrorista quem realiza “atos com o objetivo de intimidar o governo, semear o terror entre as pessoas ou desestabilizar a harmonia social”, utilizando “bombas, dinamites, substâncias explosivas ou inflamáveis, armas de fogo ou outros instrumentos que sejam capazes de matar ou destruir propriedades essenciais para a vida da comunidade”.
“Uma definição que corresponde às violências dos fundamentalistas hindus contra os cristãos em Orissa. Além do mais, em relação às vítimas das perseguições e dos ataques terroristas de Mumbai, os bispos pedem que o Natal seja festejado sem exageros, evitando ostentações”, sublinham os bispos.
Enquanto isso, as violências anti-religiosas no país não cessam. No último dia 16 de dezembro, foi seqüestrado um líder cristão muito estimado no distrito de Kandhamal, em Orissa. “O homem foi agredido por um grupo de 50 pessoas quando estava em companhia de seu filhos, que conseguiram escapar”, diz a agência Asianews.
Padre Ajay Singh, da Arquidiocese de Cuttack-Bhubaneswar, refere que após as violências desencadeadas no último mês de agosto por causa do assassinato do líder hindu Swami Saraswati no país, “a situação não mudou muito, e nos campos de refugiados o inverno está tornando as condições de vida ainda mais difíceis. São mais de 11 mil as pessoas acampadas nos centros”.
Fonte: Canção Nova