Um grupo evangélico na Índia reagiu à morte de 58 cristãos e à destruição de dezenas igrejas por incêndios criminosos, e está cobrando que o governo da Índia reprima os radicais hindus.
A violência fora de controle no estado de Manipur vem sendo protagonizada pelo grupo étnico Meitei, predominantemente formado por hindus, contra os cristãos.
O secretário-geral da Irmandade Evangélica da Índia, reverendo Vijayesh Lal, disse em um comunicado que a entidade está “profundamente triste e preocupada” com os ataques.
“Apelamos à paz e ao fim da violência e agitação na região que tem causado consequências tão devastadoras e imenso sofrimento ao povo […] Instamos o governo a tomar medidas imediatas para restaurar a paz e garantir a segurança de todos os seus cidadãos”, acrescentou o reverendo.
Lal enfatizou que os evangélicos na Índia sempre defenderam “os valores de amor, paz e justiça”, e agem de acordo: “Acreditamos que todo ser humano é feito à imagem de Deus e merece ser tratado com dignidade e respeito. Os recentes incidentes de violência vão contra esses valores e causaram grandes danos ao povo de Manipur”.
“Pedimos a todas as partes envolvidas que exerçam moderação e trabalhem para uma resolução pacífica dos problemas. Exortamos o povo de Manipur a evitar forças que instiguem a divisão e causem polarização. Também apelamos ao estado e ao governo sindical para que se envolvam em um diálogo construtivo com todas as partes interessadas para abordar as causas subjacentes do conflito”, reiterou o reverendo.
De acordo com informações do portal The Christian Post, o comunicado encerra a cobrança ao governo da Índia dizendo que os evangélicos do país seguirão orando “pelo conforto e cura de Deus para aqueles que foram afetados pela violência”.
As dezenas de templos incendiados são de diversas denominações e incluem também paróquias católicas. A imprensa indiana noticiou que a violência irrompeu em Manipur no dia 03 de maio, “depois que milhares participaram de uma marcha de protesto organizada pela União de Estudantes Tribais de Manipur para se opor às demandas da maioria da comunidade Meitei”.