O governo do Egito convocou 230 mil homens da Polícia para prevenir atentados terroristas contra cristãos copta ao longo das celebrações natalinas. Os cristãos são minoria no país e nos últimos anos a violência contra esse segmento da sociedade aumentou por influência do Estado Islâmico.
O temor das autoridades egípcias é que os templos sejam atacados por extremistas muçulmanos. “Férias e folgas foram canceladas para as equipes de segurança e oficiais em todas as áreas do país”, afirmaram autoridades ligadas à segurança, segundo informações da Agência de Notícias do Oriente Médio.
De acordo com informações do portal The Christian Post, as equipes de segurança serão mobilizados para guardar 2.626 igrejas do Egito, parques públicos, instituições estaduais e locais turísticos. Sistemas de detecção de metais e câmeras de segurança também serão usadas nas proximidades dos templos.
O Natal, na tradição copta, é comemorado apenas no dia 07 de janeiro. Mas, como o dia 25 de dezembro é celebrado por uma pequena parte dos cristãos no Egito, o governo vai estender a operação, cobrindo as duas datas.
Violência
Em dezembro do ano passado, 29 cristãos foram mortos na explosão causada por um homem-bomba na Igreja de São Pedro e São Paulo, na capital do país, Cairo.
Em 2017, o Egito foi novamente palco de violência contra os cristãos coptas durante as celebrações que antecedem a Páscoa. No Domingo de Ramos, 47 cristãos perderam a vida em atentados terroristas simultâneos, cometidos contra as catedrais de São Jorge e São Marcos, ambas na província de Alexandria.
Já em novembro último, um grupo ligado ao Estado Islâmico causou mais de 300 mortes de muçulmanos em um ataque à mesquita Al Rawdah em Bir Al-Abed. O grupo terrorista assumiu a autoria do atentado e prometeu continuar massacrando cristãos e muçulmanos que não aceitem sua interpretação da sharia.
“As forças de segurança também estão planejando intensificar ataques proativos contra organizações terroristas, bem como agilizar medidas de segurança nos cruzamentos fronteiriços entre o Sinai do Norte e outras jurisdições, para evitar qualquer infiltração de terroristas nas cidades”, comentaram as autoridades.