Escolas em diversas partes do mundo promovem conteúdos que vão de encontro aos valores judaico-cristãos, muitas vezes fugindo do que deveria fazer parte de um currículo escolar, sem que nada seja feito a respeito em boa parte dos casos. Todavia, quando um professor cristão resolve agir de maneira semelhante, a reação é imediata.
Foi o que aconteceu com o professor de uma escola no estado de Mississippi, Estados Unidos. De forma particular, o docente resolveu deixar bilhetes de oração embaixo das carteiras dos alunos.
Isso foi o suficiente para que um grupo de ateus do Freedom From Religion Foundation (FFRF) reagisse pedindo a punição do docente. “Um professor da East Central Middle School havia colocado cartões com orações escritas embaixo de todas as carteiras de sua classe durante a primeira semana de aula”, disse a FFRF em um comunicado.
“Quando os professores usam a sua posição para promover as suas crenças religiosas pessoais e encorajar a oração, isso comunica aos alunos e aos pais que eles são estranhos – e não membros de pleno direito da comunidade política – se não seguirem a mesma crença religiosa”, ressalta o comunicado.
Punição
Ao receber a denúncia, o distrito escolar local emitiu uma informação, anunciando que o professor foi repreendido, a fim de “evitar que condutas semelhantes ocorram no futuro”, o que foi comemorado pelos ateus.
Por mais que condutas de doutrinação em sala de aula devam ser proibidas, ações como essa vão muito além da análise de um mérito isolado. Para o ex-presidente Donald Trump, por exemplo, elas refletem um clima crescente de perseguição à liberdade religiosa, também, nas instituições de ensino americanas.
“Infelizmente, o direito humano fundamental à liberdade religiosa está sob ataque”, disse ele em certa ocasião. O dado fundamental está na diferença de tratamento entre os casos.
Ou seja, se por um lado há total permissividade quando a questão envolve doutrinação ideológica pró-agenda liberal, por exemplo, com temáticas sobre aborto, drogas e ideologia de gênero, por outro, cristãos estão sendo tolhidos de se expressar, mesmo que individualmente.
O mesmo grupo de ateus, por exemplo, reagiu com ódio à notícia de que escolas estariam permitindo orações e batismos em suas dependências, mesmo sendo tudo voluntário e por iniciativa dos alunos, e não das unidades de ensino. Confira:
Escolas sofrem ameaças de ativistas ateus por permitirem batismos e orações de alunos