O cantor André Valadão está no centro de uma polêmica por causa de valores supostamente recebidos por ele do governo do estado do Mato Grosso do Sul para a realização de shows na Marcha Para Jesus em 2015.
O Ministério Público Estadual (MPE) de Mato Grosso do Sul abriu uma investigação para apurar a denúncia feita por ativistas ateus de que o repasse de R$ 300 mil para o pagamento de cachês a André Valadão seria uma ofensa à laicidade do Estado.
As reclamações foram feitas pela Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (ATEA) à Promotoria de Justiça de Direitos Humanos de Campo Grande (MS), segundo informações do portal local Midiamax.
André Valadão recebeu R$ 200 mil para gravar DVD em cidade humilde do PE
O governador do estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), afirmou que a contratação de André Valadão para os shows na Marcha Para Jesus em diversas cidades foi realizada por critério “estritamente cultural”, como parte do projeto “Ações Culturais Participativas”.
A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, que fez a contratação de Valadão, se posicionou sobre a polêmica destacando não haver “qualquer impedimento” para a contratação de cantores gospel em eventos culturais.
O MPE já apurou que a contratação de André Valadão foi feita com inexigibilidade de licitação, modalidade permitida apenas quando não há outros interessados no processo licitatório. Dessa forma, argumenta-se que as autoridades ignoraram o grande número de cantores gospel existentes no país e que poderiam ser convocados a participarem da licitação.