A presença da pornografia no cotidiano dos cristãos vem sendo evidenciada por diversas pesquisas, e as descobertas já levam lideranças religiosas a consideraram essa forma obscena de entretenimento uma das maiores ameaças à fé.
Uma nova pesquisa realizada ao longo de seis anos com mais de 1.300 pessoas de toda a sociedade norte-americana constatou que as pessoas que consomem material pornográfico com maior frequência são os que mais vão às igrejas.
De acordo com informações do Independent, o estudo foi conduzido pelo doutor Samuel Perry, que tinha a intenção de descobrir como a pornografia afeta a crença religiosa.
No entanto, ao analisar os dados da pesquisa, o pesquisador chegou à conclusão que as pessoas que possuem o hábito de assistir a vídeos de sexo são as que mais vão às igrejas – ou aos templos de suas respectivas religiões – enquanto os que consomem pornografia de forma moderada, em média uma vez por mês, são os que menos têm contato com religião, incluindo ateus e agnósticos.
Porém, Perry frisou que sua pesquisa não prova que a religião faz as pessoas assistirem mais pornografia, mas que os “amantes da pornografia” são, em geral, fiéis frequentadores de reuniões religiosas.
Alerta
Em abril, o relatório de outro estudo sobre pornografia apontou que 68% dos homens que frequentam cultos em igrejas cristãs consomem vídeos e fotos sobre sexo na internet regularmente.
O estudo, denominado “The Porn Phenomenon” (“O Fenômeno da Pornografia”, em tradução livre), revelou que entre os “adultos jovens de 18 a 24 anos de idade, 76% – e estes são cristãos – procuram ativamente por pornografia”.
O trabalho foi encomendado pelo pastor Josh McDowell, líder do projeto Set Free. O relatório da pesquisa aponta ainda que 49% dos jovens adultos ouvidos revelaram que pelo menos um de seus amigos também acessa pornografia na internet habitualmente.
Meses antes, em janeiro, outra pesquisa sobre o tema e dedicada somente aos pastores constatou que esse é um problema presente entre os sacerdotes de maneira ainda mais abrangente do que a média da população em geral. O levantamento constatou que “a maioria dos pastores sênior (57%) e dos pastores de jovens (64%) admite lutar ou ter lutado com a pornografia”.
A título de comparação, a média da população em geral que consome pornografia é de 47% dos homens e 12% das mulheres, portanto, menor do que a média dos pastores envolvidos com os materiais de sexo explícito.