O rapaz que matou nove pessoas a tiros em uma igreja de Charleston, Carolina do Sul (EUA) afirmou em depoimento à Polícia que por pouco não desistiu de fazer o atentado a que havia se proposto.
Na noite da última quarta-feira, 17 de junho, Dylann Storm Roof foi ao templo da igreja Emanuel African Methodist Episcopal e disparou contra as pessoas que participavam de um grupo de estudo da Bíblia. O crime vem sendo considerado como de ódio racial, já que Roof é branco e todas as pessoas mortas eram negras.
“Quase não fui em frente porque todo mundo havia sido tão bom comigo”, disse Roof. Ainda assim, ele decidiu “ir em frente com a sua missão”. A Polícia informou que ele ficou sentado com os fiéis por uma hora antes de decidir sacar a arma e atirar.
Após cometer o crime e fugir para a cidade de Shelby, no estado vizinho da Carolina do Norte, ele foi capturado através de uma denúncia de seu tio, que reconheceu o carro nas imagens de alerta divulgadas pela Polícia.
De acordo com informações da rede de televisão NBC, a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, disse que espera que Roof seja sentenciado à pena máxima: “Nós, absolutamente, queremos que ele cumpra a pena de morte”, declarou.
Os familiares das vítimas que morreram no atentado se manifestaram na última sexta-feira, 19 de junho, e afirmaram que apesar da dor da perda, conseguem perdoar Roof pelo crime cometido.
“Você tomou algo muito precioso de mim, mas eu te perdoo. Isto me machuca. Você feriu um monte de gente, mas eu desejo que Deus o perdoe”, afirmou a filha de Lance Ethel, 70 anos, morto pelo rapaz.
“Você foi bem-vindo em nosso grupo de estudo bíblico naquela noite de quarta-feira. Te recebemos de braços abertos. Mas você matou algumas das pessoas maravilhosas que eu conheço. Cada fibra do meu corpo dói. Eu nunca mais serei a mesma. Tywanza era o meu herói. Mas como dizem no estudo da Bíblia, nós amamos você. Que Deus tenha piedade de sua alma”, afirmou a mãe de Tywanza Sanders, outra vítima do crime bárbaro.