Durante uma conferência de jornalismo que aconteceu em Seattle, nos Estados Unidos, um discurso do escritor e ativista Dan Savage causou revolta em um grupo de estudantes cristãos. O que era para ser uma manifestação contra o bullying nas escolas, se transformou em uma série de ataques ao cristianismo e aos cristãos presentes no evento.
Quando o ativista começou a atacar os argumentos bíblicos contra a homossexualidade, alunos que discordavam de seus argumentos começaram se retirar do auditório. Diante dessa recusa Savage chamou os alunos cristãos de “maricas” e afirmou que é preciso combater todas as “besteiras” que estão contidas no texto sagrado dos cristãos.
De acordo com os jornais Washington Examiner e CNN, para justificar sua crítica contra a Bíblia ele afirmou que nela existem proibições do consumo de alimentos como camarões e lagostas e que justifica que uma mulher seja apedrejada se não se casar virgem, e que em vários versículos defende a escravidão.
Usando a escravidão como exemplo, o ativista questionou que se a Bíblia falhou nesta questão moral, porque não falharia num assunto tão complexo quanto a sexualidade?
Rick Tuttle, professor e assessor de imprensa da Escola de Ensino Médio Sutter Union, da Califórnia, estava presente na conferência e escreveu em seu blog que pensou que o tópico abordado seria o anti-bulllying, mas que o que ocorreu foi um ataque direto às crenças cristãs. Falando sobe os alunos que deixaram o auditório, o professor afirmou que “eles sentiram-se atacados… um ataque direto e muito aguçado a um determinado grupo de alunos”. Ele afirmou ainda: “É surpreendente que nós saímos para ouvir um discurso anti-bullying e um grupo de estudantes é particularmente ofendido, com uma linguagem profana”.
A discussão sobre o assunto se estendeu na internet, e Savage se defendeu das acusações de que seu discurso seria um ataque ao cristianismo: “É baboseira… é falso. Eu não estava atacando a fé em que fui criado. Eu estava atacando o argumento de que os homossexuais devem ser discriminados. E programas anti-bullying que abordam assédio moral ‘motivado pela fé’ contra os gays devem repensar seus argumentos, pois ninguém pode sofrer assédio moral somente porque alguém diz que “lá na Bíblia diz que ser gay é errado”, afirmou o ativista.
Um dos maiores motivos para a repercussão do caso foi a permissão concedida pelo presidente Obama para que Savage criasse, com o apoio da Casa Branca, uma campanha contra o bullying de estudantes LGBT que estavam cometendo suicídio para escapar do assédio moral. A campanha foi instrumentalizada com uma série de vídeos chamados “It Gets better” [Vai ficar melhor] onde celebridades, esportistas e políticos tentavam confortar adolescentes gays que acreditavam serem vítimas de perseguição na escola por causa de sua preferência sexual.
Fonte: Gospel+