O Chile vem discutindo a legalização do aborto e um projeto de lei avançou após ser aprovado na Comissão de Saúde do Senado. Ao comemorar a decisão, um ativista LGBT afirmou que agora os favoráveis à interrupção de gravidez vão fazer “creme com os fetos”.
A frase escandalosa foi proferida pelo porta-voz do Movimento de Libertação Homossexual (MOVILH), Rolando Jiménez. Ele provocava um grupo de mulheres que se manifestavam contra o projeto e foi flagrado por câmeras. Agora, o vídeo com a declaração do abortista se tornou viral.
“Vamos fazer creme com os fetos”, disse Jiménez, em provocação às ativistas pró-vida que acompanhavam a votação na comissão do Senado chileno. De acordo com informações do portal ACI Prensa, o militante LGBT tem ligações com a entidade Miles Chile, uma organização que promove abortos e representa a Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF).
Relatos indicam que a discussão começou quando ativistas pró-vida confrontaram a presidente da Miles Chile, Claudia Dides, questionando-a sobre o financiamento que recebem da IPPF, entidade associada à rede de clínicas Planned Parenthood, acusada de tráfico órgãos e tecidos de bebês abortados em suas instalações.
Dides classificou como “estúpido” o movimento pró-vida, e em seguida, Rolando Jiménez entrou no bate boca, chamando as mulheres de “ridículas”. Enquanto isso, uma mulher gravava a cena afirmando que elas eram as “pessoas mais desinformadas no mundo”. Em seguida, o militante LGBT tripudiou com a frase sobre “creme” de fetos.
O líder gay chamou as mulheres pró-vida de “hipócritas” e voltou a provocar: “Elas saberiam o que é um orgasmo?”.
A repercussão das palavras de Jiménez causaram repúdio nas redes sociais, e numa entrevista ao El Demócrata, ele tentou se explicar afirmando que seu objetivo era “devolver um disparate de um grupo de senhoras pró-feto, que estavam todas dizendo que nós vemos clínicas de aborto como um negócio”.
Rolando Jiménez é um dos ativistas gays mais influentes no Chile, com a MOVILH promovendo estratégias para incorporar ideologia de gênero nas diversas discussões sociais do país, tais como o casamento gay, a adoção homoparental e a mudança legal de nome e sexo de adultos e crianças, entre outros.