A ativista política de esquerda americana Linda Sarsour, muçulmana, tornou-se notícia no meio cristão internacional após usar a figura de Jesus Cristo politicamente. Ela foi confrontada nas redes sociais por causa de sua afirmação de que o Filho de Deus seria palestino.
“Jesus era palestino de Nazaré e é descrito no Alcorão como sendo de cobre marrom com cabelos lanosos”, escreveu a ativista política anti-israelita no último sábado, 06 de julho.
Linda Sarsour é afeita a polêmicas: elogiou o líder político antissemita Louis Farrakhan, opôs-se ao direito dos judeus de retornarem a Israel e até pediu uma jihad contra o presidente Donald Trump.
Mesmo com todas essas polêmicas, ela não se deu por satisfeita e voltou-se contra cristãos de maneira indireta, afirmando que Jesus é judeu e palestino, dizendo que ser palestino é uma nacionalidade e que o judaísmo é uma religião, negando assim a condição de etnia aos judeus.
“Palestina é uma nacionalidade e não uma religião. Seu ponto não é negado. Judeus viviam com os palestinos em coexistência pacífica antes que houvesse um estado de Israel ”, ela escreveu em resposta aos que criticaram sua declaração associando Nazaré à Palestina.
Com a insistência das críticas, Linda Sarsour deixou de insistir que Jesus é de Nazaré, cidade que atualmente está em território israelense, para lembrar seus seguidores que ele nasceu em Belém, que atualmente faz parte da Autoridade Palestina.
“Por que tão chateado com a verdade. Jesus nasceu em Belém, também conhecido como بيت لحم em árabe. Belém está na Palestina. Atualmente é militarmente ocupado por Israel e abriga uma comunidade cristã predominantemente palestina. Sim, o local de nascimento de Jesus está sob ocupação militar”, publicou, segundo a Fox News.
Seus seguidores apontaram que a Palestina como conceito não existia até mais de um século depois que Jesus nasceu em Belém e cresceu em Nazaré, ambos os quais estavam no território chamado Judéia. Sem resposta, Sarsour desconversou afirmando que “múltiplas verdades podem coexistir”.
“Não há razão para remontar Jesus como palestino. Ele pode ser uma figura histórica de Belém ou Nazaré sem ser ‘palestino'”, escreveu Seth Frantzman, do Jerusalem Post, criticando a tentativa de uso político da figura do Filho de Deus.
“A tentativa de Sarsour de fazer referência ao Alcorão é interessante porque ela parece não mencionar outros aspectos de como Jesus é descrito na teologia islâmica”, acrescentou Frantzman. “Por exemplo, ele é visto como um mensageiro para os ‘Filhos de Israel’ e um adepto das leis de Moisés. Ele está ligado à linhagem de Abraão, Isaque, Jacó e as Tribos de Israel, assim como aos reis Davi e Salomão”, concluiu o jornalista.