Os ativistas gays elegem anualmente as figuras públicas que são consideradas os dez principais inimigos públicos da militância homossexual no Brasil, e sempre há lideranças evangélicas apontadas como hostis.
A revista Lado A, dedicada ao público gay, diz que os motivos que levam uma determinada figura pública a ser apontada como inimiga dos homossexuais são “declarações e posicionamentos” que eles consideram “nocivos” e que por isso, “devem ser combatidos”.
O pastor Everaldo Pereira (PSC-SP), pré-candidato à presidência da República, é um dos nomes citados pelos ativistas gays por ter sido “um dos idealizadores da campanha ‘homem + mulher = família’, do partido em 2012”.
A psicóloga Marisa Lobo, que teve seu registro profissional cassado por conta de suas expressões públicas de fé, foi mencionada como uma das inimigas dos ativistas gays por defender “o direito de tratamento de homossexuais que desejam deixar a homossexualidade”.
O pastor Silas Malafaia novamente está na lista de inimigos dos ativistas gays por pregar “com a Bíblia contra os homossexuais em seus programas”, e por “suas opiniões conservadoras” sobre o projeto de “ditadura gay” no Brasil. “Afirma que gays querem direitos especiais e acusa militantes gays de promoverem perseguição aos cristãos e esquemas fraudulentos”, diz a revista Lado A.
O deputado João Campos (PSDB-GO) foi listado por ser o “autor do projeto de decreto legislativo para derrubar a resolução do Conselho Federal de Psicologia que proíbe o tratamento de homossexuais” que desejem deixar a prática.
O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) foi colocado na lista, novamente, por se “posicionar contra a comunidade gay e a fazer declarações racistas com base na Bíblia”, na visão dos ativistas gays. Feliciano foi um dos nomes mais hostilizados pela militância homossexual em 2013, quando assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM).
O deputado federal pastor Eurico (PSB-PE) entrou para a lista por propor “um novo projeto de decreto legislativo para derrubar a proibição do CFP ao tratamento da homossexualidade”, substituindo o projeto de João Campos, que foi apelidado de “cura gay”. A polêmica recente do pastor com a apresentadora Xuxa também foi apontada como um dos motivos.
O senador Magno Malta (PR-ES), que articula sua candidatura à presidência da República, entrou para a lista por ser o “responsável no Senado pela tranca de pautas e alianças contrárias aos projetos que visam melhorar a qualidade de vida da comunidade gay no país”. A revista diz ainda que Malta “tem discurso preconceituoso, baseado em sua religião, e prega o direito da maioria como se isso fosse democracia”.
A primeira colocada da lista é a presidente Dilma Rousseff (PT), pois na visão dos ativistas gays, por ter feito “pacto político com evangélicos para não apoiar iniciativas que promovam direitos a comunidade gay em troca de apoio em sua primeira eleição”.