Estratégias de marketing vem sendo usadas por editoras cristãs, de orientação evangélica e católica, para incrementar atrativos à Bíblia e a partir dessa diversidade, atrair mais leitores.
Entre versões simples a edições requintadas com recursos de pesquisa e alta tecnologia de impressão, a Bíblia Sagrada vem passando por uma espécie de renovação gráfica, promovida com o intuito de mantê-la como o livro mais vendido.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) distribuiu 131 milhões de exemplares da Bíblia Sagrada entre setembro de 1995 – quando inaugurou sua fábrica – e outubro de 2014.
Este ano, o crescimento nas vendas chega a 7%, percentual semelhante ao do ano anterior, segundo o pastor Erni Seibert, secretário de Comunicação e Ação Social da SBB.
A entidade também mantém parceria com a editora católica Edições Paulinas para impressão e distribuição da versão da Bíblia com os oito livros apócrifos que não são reconhecidos pela Reforma Protestante.
A variedade em que a SBB aposta para manter a Bíblia crescente inclui até a tecnologia de interação: “Um de nossos lançamentos mais recentes é a Bíblia GPS, projeto vindo da Alemanha e climatizado no Brasil, com um roteiro de referências e mapas que ajuda o leitor a situar-se no texto”, explica o pastor Seibert, que é luterano.
A ideia da Bíblia GPS é que a interligação entre diferentes passagens permita ao leitor acessar informações que mostram a relação entre o Antigo e o Novo Testamento. O termo GPS (Global Positioning System, que pode ser traduzido como “sistema de posicionamento global”) é usado como uma analogia ao moderno instrumento de localização via satélite.
As inovações, no entanto, não suplantam o interesse dos leitores pela história. A Bíblia que a SBB mais vende atualmente é a versão Lutero, lançada em 2012. Nela, existem mais de 900 reflexões de Martinho Lutero intercaladas no texto, além de anexos com partituras e hinos de autoria do reformador.