A presença de símbolos religiosos em repartições públicas foi tema de debate entre jovens parlamentares da Câmara de Vereadores de Caruaru, Pernambuco.
O Parlamento Jovem é um programa da Câmara de Vereadores da cidade, que elege jovens parlamentares, que apesar de não terem poder de decisão ou criação de leis, fomentam o debate político na cidade, integrando à política representantes dos mais diversos setores da sociedade.
O debate surgiu a partir da ausência da Bíblia Sagrada no plenário, o que fez com que a leitura de um versículo bíblico, obrigatória devido ao regimento interno da casa, fosse feita a partir de um texto bíblico anotado num pedaço de papel.
A Bíblia, que estava trancada numa sala do prédio onde funciona a Câmara dos Vereadores, passou então a ser o tema da sessão, gerando discussões sobre a legalidade da presença de símbolos religiosos em prédios e instituições públicas.
O parlamentar jovem Jefferson Silva (PMDB) solicitou que uma Bíblia fosse providenciada para a sessão seguinte, mas foi rebatido pela também parlamentar jovem Joana D’arc Figueiredo , ligada ao Movimento Estudantil Superior, que questionou, de acordo com informações do Pavablog, a necessidade de símbolos cristãos no plenário: “Se é para beneficiar uma religião, então que beneficie a todas. Imagine se eu não fosse cristã e seguisse alguma denominação religiosa que não se orienta pela Bíblia Sagrada? Certamente iria sentir-me excluída cada vez que estivesse no plenário”, protestou.
A partir daí o debate se estendeu, envolvendo representantes de outras classes, como o parlamentar jovem Cleyton Feitosa, pertencente ao movimento LGBT, que frisou o “preconceito” de políticos religiosos, colocando-os como responsáveis por impedir projetos de políticas públicas ligadas a homossexuais.
O parlamentar jovem evangélico Carlos André dos Santos (PSC) contestou as afirmações de Feitosa, afirmando que ele e demais ativistas gays utilizam as redes sociais para desencorajar a população em candidatos evangélicos, o que também poderia ser entendido como preconceito.
Fonte: Gospel+