Uma lei estadual que proíbe o aborto no Texas a partir da sexta semana de gravidez vem sendo alvo de disputas judiciais. Recentemente, a Suprema Corte dos Estados Unidos atestou sua constitucionalidade, e agora o presidente Joe Biden apelou para tentar derruba-la.
A iniciativa do governo de esquerda de Biden visa a suspensão da legislação aprovada pelo parlamento do Texas e sancionada pelo governador Greg Abott (Republicanos) em maio deste ano.
O Departamento de Justiça pediu aos juízes que restaurem uma liminar emitida por um juiz do tribunal distrital federal no Texas no início de outubro por considerar que a nova lei viola precedentes de longa data ao proibir o aborto após a sexta semana de gestação.
De acordo com informações do portal Politico, o procurador-geral interino Brian Fletcher entende que se a lei for mantida em vigor prejudicará “irremediavelmente” a cultura de abortos, alegando que as mulheres no estado teriam “direitos constitucionais negados”.
O pastor Franklin Graham lamentou a postura do governo: “Se você se perguntasse até onde o presidente Joe Biden e a sua administração iriam em seu apoio ao aborto, isso não deve deixar dúvidas na sua mente”, escreveu o líder evangélico em sua conta no Facebook.
“A sua administração pediu ao Suprema Corte dos EUA que tome medidas de emergência para bloquear a lei do Texas que proíbe o aborto assim que um batimento cardíaco é detectado. […] É uma pena que o presidente dos Estados Unidos pense que deveria ser um direito constitucional tirar a vida de um bebê que ainda não nasceu no ventre”, repudiou.
Ao final de sua publicação, o pastor convocou os cristãos a se juntarem a ele em oração “para que a Suprema Corte mantenha a decisão anterior e vote para defender e proteger o direito humano mais básico – o direito à vida” e que os juízes tenham “sabedoria enquanto tomam essa decisão”.