O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) está sofrendo forte pressão política após um primo seu, Isaac, ter sido preso pela Polícia Federal numa operação contra o narcotráfico.
Isaac Alcolumbre Menahen Neto é ex-deputado estadual no Amapá por dois mandatos, e sua esposa, Vânia Alcolumbre, é assessora do senador Davi Alcolumbre no gabinete em Macapá.
O primo do senador foi preso na última quarta-feira, 20 de outubro, durante a operação Vikare, da Polícia Federal, que cumpriu mandados de busca e apreensão contra um esquema de tráfico internacional de drogas com transporte de entorpecentes vindos de países da América do Sul e distribuídos para várias regiões do país.
Diante da situação grave, o jornalista Silvio Navarro, da revista Oeste e RedeTV!, afirmou que a pressão política contra o senador se tornou intensa: “A família Alcolumbre envolvida com narcotráfico no Amapá (o primo já foi preso) pode complicar a vida do presidente da CCJ do Senado. É o que se fala em Brasília. A pressão política aumentou muito”, comentou.
Davi Alcolumbre é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, e vem se recusando a pautar a sabatina do pastor André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF).
Recentemente, Davi Alcolumbre declarou a aliados que pretende segurar a sabatina de Mendonça até 2023. Muitos analistas políticos consideraram a postura do senador como chantagem contra o governo federal.
Mesmo sem ser investigado, Davi Alcolumbre divulgou nota através de sua assessoria de imprensa para comentar a prisão do primo: “O senador espera que a Polícia Federal cumpra de forma institucional com o seu dever”.
A prisão de Isaac jogou luz sobre outro ponto relacionado ao senador: a possibilidade de haver prática de nepotismo, já que a esposa do acusado trabalha no gabinete do senador na capital do Amapá.
A pressão política aumentou muito.
— Silvio Navarro (@silvionavarro) October 21, 2021