O presidente da República Federativa do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, esteve reunido nos Estados Unidos com alguns pastores evangélicos, além do presidente americano Donald Trump, entre outras coisas, falando como à atuação dos evangélicos tem sido importante para o seu país.
“Eu reconheço o trabalho que os evangélicos fazem em meu país, o que não é diferente do que eles fazem no mundo – compartilhando a Palavra de Deus e fortalecendo os valores familiares”, disse Bolsonaro.
A declaração foi durante uma reunião com o pastor Pat Robertson e Gordon Robertson, da Christian Broadcasting Network, além do evangelista Reinhard Bonnke. Na ocasião, Bolsonaro também recebeu orações que pediram a Deus proteção e sabedoria para sua vida.
Bolsonaro destacou que sua vitória tem como resultado o grande apoio dos evangélicos, visto que ele, apesar de não ser convertido ao Evangelho, de fato, defende princípios e valores importantes para este seguimento, segundo à Bíblia Sagrada, e que por isso se vê como um representante desse público.
“Os evangélicos do Brasil são equivalentes a um terço da população e estão crescendo. Eu tive apoio maciço deles, porque até recentemente eles não tinham ninguém para sustentar quem compartilhava seus valores e fé.”, declarou o presidente, segundo informações da CBN.
O presidente também fez referência à passagem bíblica de João 8:32, explicando que apenas através da verdade é possível governar, citando como exemplo a união matrimonial. “Sou congressista há 28 anos e vi que na política a verdade quase nunca existiu, e meu sentimento é que nosso povo tem sede de conhecer a verdade”, disse ele.
“Assim como em um casamento entre um homem e uma mulher, se você não tem a verdade, o casamento acaba rapidamente. Na política, se você não tem a verdade, o governo acaba rapidamente”, destacou.
O presidente brasileiro também apontou à “ideologia da esquerda” como um mal para o Brasil, no âmbito da educação e dos meios de comunicação, sendo estes os instrumentos pelos quais seus defensores procuram combater os valores judaico-cristãos.
“A ideologia da esquerda tomou conta das universidades e também dos jornalistas do Brasil. O impacto foi o pior possível, e um dos principais objetivos é corroer os valores da família”, disse Bolsonaro.
Embaixada brasileira em Israel
Uma das principais promessas de campanha de Jair Bolsonaro é a transferência da embaixada brasileira em Israel, de Tel Aviv para Jerusalém, algo que tem sido posto em dúvida nos últimos dias, devido aos interesses comerciais com o mundo árabe.
Entretanto, o presidente brasileiro indicou na reunião com os líderes americanos que essa decisão é a penas uma questão de tempo, reconhecendo que a capital israelense é, de fato, Jerusalém.
“Cada país tem o direito de decidir onde está a sua capital, e a capital de Israel se tornou Jerusalém”, disse Bolsonaro. “Portanto estamos estudando a possibilidade de tomar essa decisão no momento certo. Quando Trump assumiu, levou quase nove meses para fazer essa decisão, estou agora no meu terceiro mês”.