Recentemente foi anunciado que o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, faria a consagração do Brasil a “Jesus Cristo por meio do Imaculado Coração de Maria”, conforme a expectativa da maioria dos católicos, durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília.
A cerimônia, de fato, ocorreu na última terça-feira, dia 21, mas não como alguns católicos esperavam. Isso porque apesar de estar presente, o presidente Bolsonaro não seguiu o rito esperado, que o ligaria diretamente à consagração, segundo o Centro Dom Bosco, uma entidade católica tradicional.
“Por algum motivo, não suficientemente claro, o presidente não proclamou a fórmula da consagração, nem assinou o documento de consagração”, disse a entidade em uma nota oficial lançada no Facebook. “Após o evento, Dom Rifan resolveu fazer uma consagração particular para tentar minorar a frustração geral pelo ocorrido”.
O presidente Bolsonaro se declara católico, mas possui estreito relacionamento com os evangélicos há vários anos. Sua esposa, Michelle Bolsonaro, a primeira-dama do país, é evangélica e frequentemente leva o chefe de Estado brasileiro aos cultos das igrejas que tem a oportunidade de ir.
No momento de assinar o documento que consagraria oficialmente o Brasil a Jesus Cristo através da figura tratada como “Nossa Senhora” pelos católicos, quem fez a assinatura foi o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Floriano Peixoto, e não o presidente Bolsonaro.
Os católicos do Centro Dom Bosco disseram em nota que o ato frustrou o que era esperado do momento. “Por fim, pedimos desculpas aos nossos amigos por divulgar algo que não correspondia às nossas expectativas”, escreveram, reiterando que pelo menos, segundo à perspectiva católica, houve algo positivo.
“De tudo isto, fica ao menos uma lição positiva. Depois de duas décadas de governos anticristãos, um presidente da República recebeu Nossa Senhora em sua presença”, destacou o grupo.