O discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira, 20 de setembro, ressaltou o compromisso de seu governo e da maioria da população brasileira com a liberdade de expressão e religião, oposição ao aborto e à ideologia de gênero e a proteção da família.
Tradicionalmente, a abertura da Assembleia Geral da ONU é feita pelo presidente brasileiro, e Bolsonaro aproveitou o momento para reforçar seu compromisso com valores universais e indispensáveis à humanidade:
“Tenho sido um defensor incondicional da liberdade de expressão. Além disso, no meu governo, o Brasil tem trabalhado para trazer o direito à liberdade de religião para o centro da agenda internacional de Direitos Humanos. É essencial garantir que todos tenham o direito de professar e praticar livremente sua orientação religiosa, sem discriminação”, defendeu o presidente.
Bolsonaro lembrou da situação crítica enfrentada pelos cristãos perseguidos pelo regime ditatorial de Daniel Ortega na Nicarágua: “Quero aqui anunciar que o Brasil abre suas portas para acolher os padres e freiras católicos que têm sofrido perseguição do regime ditatorial da Nicarágua. O Brasil repudia a perseguição religiosa em qualquer lugar do mundo”.
A oposição ao progressismo foi, mais uma vez, demarcada no discurso assistido por autoridades e jornalistas do mundo todo: “Outros valores fundamentais para a sociedade brasileira, com reflexo na pauta dos Direitos Humanos, são a defesa da família, do direito à vida desde a concepção, à legítima defesa e o repúdio à ideologia de gênero”.
Esses valores foram ecoados no último dia 07 de setembro, quando os brasileiros celebraram os 200 anos da Independência do país nas ruas, em manifestações pacíficas: “A maior demonstração cívica do nosso país. Um povo que acredita em Deus, pátria, família e liberdade”.
Em crítica a seu adversário nas eleições presidenciais deste ano, Bolsonaro elencou alguns dos danos causados por “incompetência e desvios” à Petrobras, que amargou US$ 170 bilhões em prejuízo: “O responsável por isso foi condenado em três instâncias, por unanimidade. Os delatores devolveram US$ 1 bilhão. Esse é o Brasil do passado”.
A economia do país, destacou o presidente, se recupera da pandemia em ritmo superior ao de outros países, incluindo as maiores economias do mundo: “Apesar da crise mundial, o Brasil chega ao fim de 2022 com uma economia em plena recuperação. Temos emprego em alta e inflação em baixa. A economia voltou a crescer”.
“Temos a tranquilidade de quem está no bom caminho de uma prosperidade compartilhada, entre os brasileiros, e mais além, compartilhada com os nossos vizinhos e outros parceiros mundo afora”, assegurou o presidente.
O discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU também foi marcado, em outros trechos, por mensagens positivas do Brasil para outras nações em temas como a preservação do meio ambiente, implantação de energias renováveis e produção agrícola que garante segurança alimentar a 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo.