O reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel da parte do Brasil não vai acontecer durante o governo do presidente Michel Temer (PMDB), uma vez que o Ministério das Relações Exteriores não expressou apoio à iniciativa do norte-americano Donald Trump. No entanto, a partir de 2019 esse cenário poderá mudar se o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) vencer as eleições presidenciais.
Em uma entrevista à jornalista Fernanda Salles, do portal Terça Livre, o deputado afirmou que sua postura seria semelhante à de Trump se fosse ele o mandatário no Palácio do Planalto. “Se eu fosse presidente, eu também reconheceria Jerusalém como capital de Israel. Isso, no meu entender, reforça aquilo que os nossos irmãos de Israel têm direito: o seu território”, afirmou.
Dentre os políticos que pleiteiam a candidatura à presidência da República em 2018, Bolsonaro é o único, até o momento, que se posicionou a respeito do assunto, e com uma diretriz oposta à linha defendida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e os países árabes.
Em 2016, durante uma visita a Israel – quando foi batizado nas águas pelo pastor Everaldo Dias Pereira (PSC) – Bolsonaro se encontrou com muitos políticos israelenses, e na ocasião, manifestou apoio à forma como Israel se porta no embate contra os países árabes.
À época, criticou o distanciamento que a diplomacia brasileira tomou de Israel nos governos do PT, com Lula e DIlma na presidência. “A maioria dos brasileiros dotados de cultura, dignidade e bom senso está com o povo de Israel e contra o terrorismo”, declarou Jair Bolsonaro na ocasião, afirmando que a postura do Brasil vinha sendo “destrambelhada, inoportuna, hipócrita e covarde”.
Confira o vídeo com a declaração de Bolsonaro a respeito do reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel: