Um testemunho da cantora Bruna Karla, de superação de um trauma e da depressão após a perda de sua mãe, vem sendo compartilhado nas redes sociais. O vídeo traz o relato de duas tentativas de suicídio e a busca por forças em Deus para superar a adversidade.
A mãe de Bruna Karla faleceu em 2002, quando a cantora estava no começo de sua carreira como artista gospel. O testemunho foi gravado por um fã durante um show que a cantora fez em 2013 na cidade de Tupã, interior de São Paulo.
“Em novembro de 2001 minha mãe descobriu que tinha um tumor no cérebro. A minha casa estava em festa, mas de repente aquela alegria acabou e eu fiquei assim: ‘Não, Deus vai curar, amém. Seja feita a minha vontade’. Vou abrir um parêntese aqui para vocês, o nosso Deus pode todas as coisas. Ele faz o morto ressuscitar. Meu marido foi curado de leucemia há vinte e poucos anos. E está de pé hoje, totalmente curado”, introduziu Bruna Karla.
“O nosso Deus pode, sim, todas as coisas, mas às vezes essa não é a vontade d’Ele. Às vezes a própria pessoa que está doente já sabe que Deus vai levar. Minha mãe dizia: ‘Bruna, eu vou para o hospital, mas eu não vou mais voltar’. Eu dizia: ‘Tá repreendido em nome de Jesus’, porque eu não queria que isso acontecesse. Ela era a minha melhor amiga, que orou comigo, e eu não imaginava jamais que isso ia acontecer na minha vida”, relembrou.
Bruna Karla conta que seu temor de perder a mãe era tanto que, no íntimo, acreditava que não teria forças para seguir adiante se ela morresse. “Eu achava que se um dia isso acontecesse, eu morria junto com ela. E no dia 24 de janeiro de 2002 a minha mãe faleceu. O Senhor a levou. E foi o momento mais difícil para mim”, afirmou a cantora.
“Aquela pessoa que eu tanto amei, que eu amava, posso dizer hoje com todo meu coração, eu amava mais ela do que a Deus, porque eu não conhecia a Deus como está escrito em Jó, o que eu mais temia sobreveio sobre a minha vida. E era o que eu mais temia, que um dia ela morresse. Porque eu era tão apegada que dizia: ‘Eu não vou conseguir suportar essa dor’”, contextualizou.
O luto é um sentimento tão intenso e poderoso que pode levar pessoas saudáveis psicológicamente a um sofrimento quase insuportável. “Só quem já perdeu aqui alguém sabe a dor que é, sabe o quanto é difícil você sonhar para frente, ver uma solução. Parece que naquele momento tudo acaba para você, porque foi assim que aconteceu comigo”, disse.
“Eu tinha 13 anos e eu tentei me jogar do oitavo andar, eu tentei cortar os meus pulsos, eu tentei tirar a minha própria vida, porque eu achava que nada mais fazia sentido para mim. Olhava para o meu pai, via o meu pai emagrecendo diante de tanto sofrimento. Olhava para o lado, via uma irmã de sete anos e eu me perguntava quem ia cuidar dela agora? E do meu pai?”, desabafou.
As forças necessárias para levar a vida adiante, segundo a cantora, vieram de uma experiência real com Deus, que mudou sua forma de enxergar a vida e a jornada cristã. Essa circunstância a levou a um ponto de maturidade que hoje serve de inspiração para continuar lutando.
“Foi um momento muito difícil para mim, mas foi naquela época que eu comecei a conhecer a Deus verdadeiramente e comecei a entender que aquela era a vontade de Deus e que a minha mãe já sabia que ia morar com o Senhor. E eu não poderia parar. E como disse Jó também, antes eu Te conhecia de Te ouvir falar e hoje eu Te conheço de falar contigo”, disse.
“Antes eu conhecia o Deus da minha mãe, e quando o Senhor a levou eu tive que aprender a depender de Deus. Eu tive que aprender a viver dependendo completamente do meu Senhor e mais uma vez Deus foi fiel”, concluiu.
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