O reverendo Caio Fábio vem militando em prol da campanha da ex-senadora Marina Silva (Rede) e usou as redes sociais para alfinetar os eleitores que declaram voto em Jair Bolsonaro (PSL), sugerindo, de forma indireta, que seriam cabos eleitorais da “insanidade”.
Quando era reverendo presbiteriano, Caio Fábio alcançou um status de grande influência no meio evangélico, e nesse período – segundo declarações dele próprio – encontrou-se diversas vezes com o então líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esse envolvimento tão próximo terminou por envolvê-lo em um escândalo chamado Dossiê Cayman, que rendeu um longo processo e culminou com sua – indevida – prisão.
A partir desse contexto de relações antigas com a ideologia de esquerda, Caio Fábio compartilhou uma charge que ilustra o pensamento ditatorial, e fez uma provocação aos eleitores do atual líder das pesquisas de intenção de voto: “Quem escolhe esse caminho não se preocupa até o ditador deixar de favorece-lo. Então, e só então, a pessoa enxerga como foi cabo eleitoral da insanidade”, escreveu o reverendo.
As respostas de seus seguidores nos comentários expõem que o reverendo não exerce a influência pretendida – e antes até criticada – sobre quem se dedica a ouvir suas reflexões. “Cuidado Caio pra não ser cabo eleitoral da insanidade. Abraço fraterno” disse um dos usuários do Instagram
“Foi que o PT quase fez, com o Brasil, quando você ainda era cabo eleitoral de Lula”, acrescentou outro, lembrando das relações que o reverendo mantinha no passado.
A ironia foi uma das armas dos seguidores de Caio Fábio para rebater suas insinuações: “Alguém disse certa vez que SANIDADE é continuar fazendo a mesma coisa sempre e esperar um resultado diferente! Tá SERTO!”, escreveu um usuário da rede social.
Por fim, um dos internautas que interagiu com a publicação decidiu se valer de um tom mais jocoso: “Desespero em @caiofabiodaraujofilho”, alfinetou.
Pesquisas
O levantamento mais recente divulgado pela grande mídia foi realizada pelo Instituto FSB sob encomenda do Banco BTG Pactual, e no cenário sem o ex-presidente Lula (PT), cuja candidatura foi rejeitada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jair Bolsonaro segue na frente, com mais do que o dobro de intenções de voto do segundo colocado.
O capitão do Exército tem 26% das intenções de voto, contra 12% de Ciro Gomes (PDT); Marina Silva, 11%; Geraldo Alckmin (PSDB), com 8%; Fernando Haddad (PT), com 6%; João Amoêdo (Novo), com 4%; Alvaro Dias (Podemos), com 3%; Henrique Meirelles (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Cabo Daciolo (Patriota) têm 1% cada um.