O ex-senador Magno Malta gravou um vídeo na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e defendeu a greve dos caminhoneiros, que cobram ações contra os excessos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“A corda foi rompida”, disse Magno Malta, um dos principais apoiadores do presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral em 2018.
“É possível que o desenho que estava na sua mente, o que você imaginava para o dia 8, não foi o que aconteceu, não foi o que você queria, o que você pensou. Mesmo assim, ainda não é motivo para você desanimar, baixar a guarda, ficar abatido e triste”, introduziu.
O convite à perseverança na luta contra o desrespeito à Constituição foi reiterado por Malta: “Eu vi muita gente escrevendo muita coisa. Já li muita coisa e posso entender até os que escreveram besteira contra o presidente Jair Bolsonaro. Mas eu queria que você fizesse uma lista de todos os inimigos de Jair Bolsonaro e ver se vale a pena trocar Jair Bolsonaro por algum deles”.
O presidente “é só um homem, um ser humano, que tem os seus defeitos, tem coragem, destemor, feito eu e você”, pontuou o ex-senador. “Temos coragem e destemor, mas temos as nossas reservas também”, acrescentou.
Bolsonaro “sofre toda essa perseguição que você está sofrendo, que eu estou sofrendo”, disse Magno Malta, referindo-se à defesa de valores conservadores e patrióticos.
Greve dos caminhoneiros
“Caminhoneiros estão nas ruas, minha solidariedade. Quero pedir à Polícia, em nome de Deus, em nome de Jesus: os caminhoneiros carregam a economia desse país, a nossa comida, o nosso combustível […] para criar filhos, filhas, pagar prestação de caminhão, pedágio alto. Policiais, por favor, não toquem neles. São seus irmãos. Não obedeçam, não cumpram ordem que não é lei, não é constitucional”, disse ele no vídeo publicado em sua conta no Instagram.
A disposição de continuar lutando pela liberdade foi enfatizada: “Eu não tenho nada, não temo pela minha vida. Nós não temos que temer pela nossa vida. Não. Para mim, viver é Cristo, morrer é lucro. Sou cristão. Eu vou passar, mas eu tenho a minha família. Quero agradecer aos caminhoneiros por essa força, determinação. Tenho certeza que esses caminhoneiros não vão prejudicar o Brasil”, disse.
Em seguida, Magno Malta enviou um recado ao STF: “Estamos pedindo liberdade para esses onze ministros. Qualquer coisa que acontecer com Zé Trovão, conosco brasileiros, que estamos na rua. Eu não vou abrir mão do meu país, vai ficar na conta deles”.
O ex-senador lembrou que criminosos, como o traficante André do Rap, estão soltos por determinação da Corte, enquanto manifestantes que defendem a liberdade de expressão e pedem o respeito à Constituição estão sendo caçados e presos, como o jornalista Oswaldo Eustáquio, por exemplo.
“É preciso acabar com esse inquérito das ‘fake news’, senhor Alexandre de Moraes […] antes que tenha que incluir você e Fux”, declarou.
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