A campanha do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) ao governo do estado do Rio de Janeiro em 2014 foi considerada irregular pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER) e teve seu registro cassado pela Justiça.
A informação foi divulgada pelo jornalista Lauro Jardim, que explicou que a decisão não possui o efeito de suspender os direitos políticos de Crivella, mas apenas, impedir que ele assuma o governo no caso de, em algum momento, a candidatura de Luiz Fernando Pezão (PMDB) ser cassada.
Pezão venceu Crivella no segundo-turno das eleições, com o apoio de parte das lideranças evangélicas do estado.
“O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro acaba de cassar o registro da candidatura de Marcelo Crivella ao governo do Rio de Janeiro. A decisão não tem nenhum efeito imediato – só teria se Luiz Fernando Pezão fosse cassado e, então, Crivella não poderia assumir. O senador não foi tornado inelegível, portanto”, escreveu Jardim em sua coluna no site da revista Veja.
Os motivos para a cassação do registro de candidatura de Crivella foram as atuações da TV Record e da Igreja Universal do Reino de Deus, ambas lideradas pelo bispo Edir Macedo, tio do senador.
“A Justiça Eleitoral considerou indevida a atuação da Record durante a campanha. Nos programas evangélicos da igreja Universal, os pastores faziam o sinal com o número dez – justamente o utilizado pelo PRB. A CNT também apresentou programas semelhantes. Durante a campanha, a Record também levou ao ar várias reportagens negativas contra Pezão e o PMDB”, afirmou Lauro Jardim.
Marcelo Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal, está em seu segundo mandato como senador pelo Rio de Janeiro, e mesmo que a Justiça Eleitoral não acate seus recursos quanto a essa decisão, poderá se candidatar em 2016 ou 2018.