O conceito de homofobia como uma definição de qualquer crítica à comunidade LGBT ou à prática homossexual foi muito contestado logo que o ativismo passou a usá-lo com esse sentido. Agora, um influente líder católico voltou à carga contra o que chamou de tentativa de “dominação totalitária” pelo lobby gay.
O cardeal Gerhard Ludwig Müller, ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, foi enfático ao afirmar que homofobia não existe, e trata-se de uma arma de influência para levar a cabo o plano de domínio da consciência coletiva.
De acordo com informações do ACI Prensa em matéria traduzida por André Langer no portal IHU, o sacerdote alemão que o Dia Internacional contra a Homofobia, celebrado pela comunidade LGBT no dia 17 de maio, tem como marca uma mentira.
“A homofobia simplesmente não existe, é claramente uma invenção, um instrumento do domínio totalitário sobre a mente dos outros. O movimento homossexual carece de argumentos científicos e, por isso, construiu uma ideologia que quer dominar, buscando construir sua realidade. É o esquema marxista, segundo o qual não é a realidade que constrói o pensamento, mas o pensamento que constrói a realidade”, disparou o cardeal Müller.
Ele acrescentou ainda que “quem não aceita essa realidade deve ser considerado doente” segundo os parâmetros da cultura pós-moderna. “Como se, entre outras coisas, se pudesse agir contra a doença com a polícia ou os tribunais”, ironizou.
Recordando décadas passadas, Müller pontuou que “na União Soviética, os cristãos eram trancados no manicômio”, o que demonstra a vocação para o totalitarismo de movimentos inspirados no comunismo de Karl Marx: “Hoje, na Coreia do Norte, acontece o mesmo com aqueles que não aceitam o pensamento dominante”.
Gerhard Ludwig Müller não se furtou a comentar as iniciativas comandadas por lideranças católicas para a celebração do Dia Contra a Homofobia, e afirmou que “hoje alguns bispos não têm a coragem de dizer a verdade e se deixam intimidar: não entendem que a homofobia é um engano que serve para ameaçar as pessoas”.
“Nós, cristãos, não devemos ter medo das ameaças: nos primeiros séculos, os seguidores de Cristo eram aprisionados ou dilacerados por feras. Hoje, as pessoas são dilaceradas pelo psicoterrorismo, aproveitando sua ignorância”, constatou. “De um bispo, de um padre, podemos esperar que não sejam capazes de recuar diante dessas ideologias. Nós somos daqueles que buscam, com a graça de Deus, amar todas as pessoas, inclusive aquelas que experimentam atração pelo mesmo sexo; mas deixando claro que amar não é obedecer à propaganda de gênero”, acrescentou.
Nesta sexta-feira, 25 de maio, o cardeal apresentará, em Roma, o livro de Daniel C. Mattson, intutlado Por que não me defino como gay: como eu me reapropriei da minha realidade sexual e encontrei a paz. O sacerdote destacou que o relato do autor “vale mais do que todas as ideologias”.
“Sua história mostra como essas ideologias são fortes e exercem pressão sobre todos aqueles que têm problemas com sua própria sexualidade. Você pode ter problemas por diferentes razões, mas a realidade é que você é apenas homem ou mulher. Existem dois sexos, essa é a realidade. O resto são interpretações”, afirmou.