Hoje uma das perguntas mais conhecidas no meio evangélico é “crente pode beber bebida alcoólica?”. A questão não vem pelo fato de Deus, na Bíblia, proibir todo e qualquer cristão de consumir álcool, mas por outros motivos, como o momento em que Jesus transformou água em vinho e a Ceia onde na mesa também foi consumido vinho.
Depois de abrir debate sobre Dízimo, Rádios Evangélicas e Crentes em Motéis, o Gospel+ trás um novo tema para debate. Abaixo você pode ler uma notícia publicada pelo portal Christian Post sobre um missionário que utilizou bares como estratégia para conseguir almas para Deus:
Poucas coisas surpreendem o plantador de igrejas Charles Hill, 36, casado, 3 filhos e com uma larga experiência de ministério. Mas ele realmente foi pego desprevenido quando seu sustento para seu ministério (em meio a uma comunidade predominantemente mórmon) foi retirado.
Ele foi para South Jordan, cidade no interior do Utah, estado americano onde a igreja mórmon tem sua sede e domina o cenário religioso. Hill diz que seu chefe o havia autorizado a começar estudos num encontro chamado “Cerveja e Bíblia” no mês passado. Agora, a sua denominação o demitiu e lhe deu 60 dias para encontrar um novo ministério. “É perturbador”, disse Hill ao Christian Post, “estamos tentando alcançar pessoas como Jesus fazia”.
Em uma cidade onde 7 ou 8 de cada 10 pessoas são mórmons, Hill disse que orou muito e se debateu com estratégias de como alcançar essas pessoas. Por fim, observou que os bares e cafeterias eram alguns dos poucos lugares onde poderia encontrar pessoas que não frequentavam igreja nem eram mórmons.
Mesmo sabendo que reunir-se em um bar era uma questão controversa na denominação, pediu autorização ao seu chefe. Recebeu sinal verde. Mas as notícias sobre os encontros “Cerveja e Bíblia” se espalharam, chegando ao conhecimento do líderes da denominação. Ele acredita que poderia iniciar uma igreja dentro de 5 meses, numa região de 25 cidades onde não existe nenhuma igreja não-mórmon.
Um dos líderes, que prefere se manter anônimo, deu uma breve declaração ao Christian Post, dizendo: “Não se trata de uma questão moral ou de comportamento anti-bíblico. Apenas descobrimos que havia questões que não conseguimos conciliar com os princípios da denominação”.
O pai de Hill era alcoólatra e ele nem gosta muito de beber. Quando era pastor em Ohio ele não bebia porque não queria dar um mau testemunho numa comunidade que tinha problemas sérios de alcoolismo. Realidade distinta do Utah, onde 7 ou 8 de cada 10 pessoas nem sequer bebe, por causa da proibição da igreja mórmon.
“A cultura aqui é muito diferente do que conheci em minhas raízes na comunidade majoritariamente cristã do Meio-Oeste.” Desde que ele se mudou para o estado de Utah, as pessoas perguntavam qual sua posição sobre o álcool e ele dizia acreditar que Jesus não proibia. Isso, por sua vez daria início a uma conversa.
“Foi estranho para as pessoas que gostam de bebidas alcoólicas aqui, e um fator determinante porque “eu não sou parte da igreja mórmon”, disse. “Se eu tiver que sair e tomar uma cerveja para assim poder conversar sobre o Senhor e manter alguém fora do inferno, eu vou.”
Depois de receber a chocante notícia de que ele estava demitido, Hill enviou uma carta de desculpas formal ao presidente da denominação, afirmando não saber que essa questão seria um problema e pedindo perdão. Ele prometeu que não iria beber em público, caso isso satisfizesse as normas.
“Continuaríamos a fazer os encontros ‘Cerveja e Bíblia’, mas eu iria beber água ou Coca”, disse ele. Hill não recebeu uma resposta. No entanto, o missionário foi contatado por vários pastores da denominação que lhe disseram que consomem álcool. “No final, o problema era que eu bebia publicamente”, Hill especula. “O que eu acredito estava nas entrelinhas era ‘se você tomar uma bebida em sua casa então está tudo bem’.”
“Não fiquei amargurado nem bravo”, ele deixa claro. “Estamos decepcionados, claro. Afinal perdemos esse tipo de apoio financeiro e minha família está aqui. Estávamos a cinco meses de inaugurar a igreja. Não sei ao certo para onde estarei indo em seis semanas onde iremos morar ou como vamos sobreviver. “
“O que me preocupa não é receber o perdão”, acrescentou. “Onde está o amor cristão? Eu acho que … precisamos ler nossa Bíblia de vez em quando, voltar ao seu centro.”
No momento, Hill está procurando outros grupos e pessoas que poderiam apoiar sua missão em Utah. Apesar do futuro incerto, esse plantador de igrejas não tem nenhuma intenção de abandonar o chamado de Deus.
“Se tivermos de montar uma barraca e viver nela, vivendo de comida que alguém nos doou, então é isso que vamos fazer”, disse. “Amamos esta comunidade. Acreditamos que Deus nos chamou para cá e que Ele vai levantar um exército de apoiadores para que isso aconteça.
“A coisa mais importante agora é: existe alguém aí fora que se preocupa com 25 cidades sem uma igreja evangélica que deseja mostrar o amor de Jesus e queira no apoiar-nos nesta obra? Não é o projeto “Cerveja e Bíblia”… mas fazer algo para livrar as pessoas do inferno e nos ajudar a plantar essa igreja.”
Que fique claro, Hill não quer ser conhecida como o cara da ‘Cerveja e Bíblia, como alguns se referem a ele, apesar de só fazer isso por um breve período. Hill também liderava uma célula, no sistema Alpha, em separado, sem álcool, para aqueles que estavam curiosos sobre a Bíblia.
Fonte: Christian Post / Gospel+
Traduzido por: Pavablog
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