Cyntoia Brown tinha apenas 16 anos quando foi condenada à prisão perpétua, nos Estados Unidos. Por conta da lei criminal rígida no país, a jovem foi julgada como adulta, após assassinar o homem que lhe abusou sexualmente e também a ameaçou de morte.
Brown nasceu em uma família disfuncional. Devido ao vício em drogas da sua mãe, ela foi entregue para adoção ainda bebê. Depois, já na adolescência, conheceu um homem chamado Garion McGlothen, que passou a exigir que ela se prostituísse nas ruas para lhe dar dinheiro.
Sem conseguir fugir do tráfico sexual, Brown vivia ameaçada por Garion, quando um dos exploradores chamado Johnny Allen fez um acordo para ter relações com a adolescente durante várias noites.
A jovem disse na época que ao ser forçada e ameaçada de morte por Allen, pegou uma das suas armas e o matou para se proteger.
A justiça não acolheu a alegação de legítima defesa e condenou Brown à prisão perpétua, gerando críticas de várias partes do mundo na época, em 2004.
Atualmente com 31 anos, o caso de Brow foi revisto a pedido da defesa e o governador do Tennessee, Bill Haslam, concedeu oficialmente clemência a Cyntoia Brown na última segunda-feira (7).
“Impor uma sentença de prisão perpétua a uma jovem que exigiria que ela cumprisse pelo menos 51 anos antes mesmo de ser elegível para a liberdade condicional é muito severo, especialmente à luz dos extraordinários passos que [Cyntoya] tomou para reconstruir sua vida. A transformação deve ser acompanhada de esperança”, disse o governador.
Brown ficará em liberdade condicional, não podendo cometer novos delitos, mas já poderá reconstruir sua vida. “Realmente servimos a um Deus de segundas chances e novos começos. O Senhor segurou minha mão o tempo todo e eu nunca teria feito isso sem Ele”, disse ela em um comunicado, assim que soube da notícia.
Seu objetivo agora é ajudar outras jovens. “Minha esperança é ajudar outras jovens garotas a evitarem terminar onde eu estive”, disse ela. Com informações do R7.