Como se já não bastasse o Monte do Templo ser o território mais disputado do mundo há séculos, os muçulmanos resolveram adicionar mais tensão à região, ao querer construir uma nova mesquita em um dos portões do local.
Desde 1967, após a Guerra dos Seis Dias, quando Israel conquistou a parte Leste de Jerusalém e abriu mão da administração do Monte Moriá, também conhecido como Monte do Templo, os muçulmanos reivindicam o domínio sobre o local.
Localizado na Cidade Velha de Jerusalém, o local onde foi construído o Templo de Salomão, conforme descrito pelo Antigo Testamento, é de grande importância para judeus, cristãos e muçulmanos, mas nenhum dos fiéis das três religiões podem realizar orações ou quaisquer atos religiosos no lugar.
Essa decisão foi fruto de um acordo que visou estabelecer a paz na região considerada sagrada, e assim tem se mantido desde então. Entretanto, no último dia 22 palestinos abriram as estruturas da Porta Dourada, um dos oito portões que controlam o acesso ao Monte.
A intenção deles, segundo informações do Guiame, é construir uma nova mesquita no local. Por conta disso, protestos foram realizados no dia 24 e dois representantes do Waqf islâmico, entidade encarregada de administrar os edifícios muçulmanos no Monte do Templo, foram levados presos.
O governo de Israel, através do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, já emitiu um comunicado ordenando a retirada dos materiais postos pelos palestinos para a construção da mesquita.
No total, desde o acordo de convívio comum na região após 1967, já existem mais três mesquitas no Monte do Templo. Com a que já existia, de Al-Aqsa, ficaram quatro no total em funcionamento. Caso a tentativa atual dos palestinos obtenha sucesso, serão cinco.