Esta semana, a Coreia do Norte respondeu ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre os supostos abusos dos direitos humanos no país, atribuindo a culpa a bases cristãs de missionários que alcançam os norte-coreanos pela fronteira com a China.
Durante um debate antes do conselho, em Genebra, o embaixador coreano Se Pyong afirmou que os missionários cristãos doutrinam os coreanos com uma ideologia contra a Coréia do Norte.
– Há na região nordeste da China chamadas igrejas e sacerdotes que se dedicam exclusivamente em atos hostis contra a RPDC [República Popular Democrática da Coreia]. Eles doutrinam aqueles que atravessam a fronteira de forma ilegal com ideologia anti-RPDC e os envia de volta para a Coreia do Norte com as atribuições de subversão, destruição, tráfico de seres humanos e atos até mesmo terroristas – afirmou o embaixador.
A afirmação do representante coreano foi comentada pelo reverendo Eric Foley, CEO o Seoul USA, uma organização não governamental americano-coreana que opera uma série de bases de discipulado alcançando os norte-coreanos em toda a Ásia.
– A importância dos comentários da Coréia do Norte não pode ser exagerada. A Coréia do Norte está escolhendo culpar publicamente os missionários cristãos por seus problemas de direitos humanos e dificuldades internas – afirmou Foley.
Foley observa ainda que a situação que os missionários norte-coreanos enfrentam no nordeste da China é complicada e tende a piorar. Ele afirma ainda que a Coréia do Norte não é o único desafio enfrentado pelos missionários.
– Se a Coreia do Norte está apontando os missionários que operam na China como uma fonte de potencial instabilidade no país, e se ele está alegando que a China é o anfitrião, os missionários podem esperar uma repressão crescente [por parte de China] sobre igrejas e bases de discipulado – afirmou.
Por Dan Martins, para o Gospel+