A Coreia do Norte é o pais mais fechado do mundo. Controlado pelo regime comunista liderado pelo ditador Kim Jong-un, a nação ocupa o 1° lugar na lista mundial de perseguição religiosa da organização Portas Abertas, sendo o local mais perigoso para um cristão viver, assim como para qualquer indivíduo que seja considerado uma “ameaça” ao governo.
Mas, apesar dos riscos de viver em um país onde pessoas consideradas dissidentes chegam a ser presas, torturadas e até fuziladas publicamente por “crimes” como a posse de bíblias [veja aqui], uma cristã está determinada a arriscar sua vida por amor a Deus e aos seus compatriotas.
“Um dia espero voltar para proclamar o Evangelho lá”, disse ela, segundo informações da Trans World Radio, a TWR, uma rádio cristã que há décadas transmite mensagens do evangelho para os cristãos perseguidos na China e em outros países da Ásia.
A missionária não teve o nome identificado por razões de segurança. Ema vive como refugiada, após fugir da Coreia do Norte. Em 2002, porém, ela foi presa na China e enviada de volta ao seu país.
“Eu estava sozinha na China e por isso procurei uma igreja, mas a minha vida só mudou profundamente quando conheci cristãos no campo de prisioneiros”, disse ela. “As histórias de mártires que permaneceram fiéis apesar do sofrimento e a coragem de um policial cristão que se dispôs a me ajudar aprofundaram e fortaleceram a minha fé”.
Coragem e fé
Foi com a ajuda do policial cristão, obviamente clandestino, que a missionária conseguiu sair da prisão em apenas 11 meses, e não em dez anos, tempo que normalmente os detentos por “deserção” ficam nos presídios.
“Quando minha mãe ouviu meu testemunho, ela disse que meu pai era cristão. Ele compartilhou o Evangelho com minha mãe várias vezes, mas ela não acreditou. No entanto, agora ela disse: ‘Se Deus pode te salvar dessa prisão, Ele deve ser real’”, contou a missionária.
Após algum tempo, a missionária conseguiu fugir novamente, dessa vez para a Coreia do Sul, onde vive atualmente. O seu desejo, porém, é retornar para a Coreia do Norte, a fim de auxiliar a Igreja perseguida, mesmo que isso custe a sua liberdade ou até mesmo sua vida.
“Eu sempre digo aos nossos membros da igreja que devemos compartilhar não apenas dinheiro e comida, mas também o Evangelho com nossa família na Coreia do Norte. Esse é um grande desafio”, conclui.