Um jogo de videogame que pontua o usuário que mata gays, lésbicas e transexuais está causando polêmica. O desenvolvedor do produto, Herman Randall, alegadamente cristão, tem estado na mira da comunidade LGBT.
O jogo foi lançado numa plataforma independente chamada Greenlight, na última segunda-feira, 18 de maio, e horas depois foi retirado do ar por violar os termos e condições de uso da loja.
Segundo informações do site ARS Technica, “o jogo deixa muito claro que o seu objetivo é atirar e matar as pessoas homossexuais, com uso liberal e pejorativo da palavra ‘bicha’ no título, em que usuários recebem pontos por matar pessoas gay, e mais pontos se a pessoa morta for transgênero, além de perder pontos se quaisquer pessoas heterossexuais forem mortas”.
Uma das frases pré-gravadas no jogo para os “acertos” dos jogadores é “transportador de AIDS eliminado”, dentre outras de igual teor.
O lançamento do jogo, intitulado “Kill The Faggot” (“mate a bicha”, em tradução livre do inglês) causou muita insatisfação em usuários, que reclamara com a Greenlight antes que ela retirasse o jogo do ar.
Nesse meio tempo, o desenvolvedor do jogo disse que recebeu e-mails com ameaças e desejos de danos físicos a ele, e afirmou que existe uma grande hipocrisia na sociedade: “Essas pessoas que pensam que se você mesmo que supostamente for homofóbico, você é ‘odiável’ e um ‘fanático’, e fazem tudo o que podem para destruir você em todos os piores sentidos possíveis. Então eu decidi ir por um caminho que a maioria dos desenvolvedores estão com medo de ir. Ignorar essas pessoas, criando um jogo ainda mais ofensivo, excessivamente, para provar que tenho razão”.
Um crítico de jogos publicou um vídeo no YouTube experimentando o “Kill The Faggot” e resumiu suas impressões: “É nojento”. Assista (cuidado, as cenas podem ser consideradas fortes):