Durante um culto da Santa Ceia em João Pessoa, na Paraíba, o pastor José Carlos de Lima, presidente da União dos Ministros das Assembleias de Deus no Nordeste (UMADENE) e 2º vice Presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB), fez uma declaração em defesa da participação evangélica na política nacional.
A fala do pastor chamou atenção da comunidade assembleiana nas redes socais, que viu como uma mudança de visão do religioso no tocante à relação da Igreja com a política, algo que sempre foi tratado com muita reserva por parte dele.
Visto como um líder que não poupa palavras em defesa do evangelho, José Carlos de Lima fez distinção entre o fazer “política” e fazer “politicagem”, dando a entender que os cristãos precisam saber diferenciar os candidatos que, de fato, são honestos e desejam fazer um bom trabalho em prol da sociedade.
“Nós fomos ensinados que a política era do diabo”, disse ele, segundo o perfil Assembleianos de Valor. “Mas, não. Política é a arte de governar bem. Agora, politicagem é um inferno. Mas a política não. Eu não sou tão ignorante, eu conheço as coisas”.
Representatividade
Para o pastor José Carlos de Lima, a defesa das candidaturas evangélicas não tem a ver com a sobrevivência da Igreja, uma vez que isto depende unicamente do próprio Deus, mas sim com representatividade social.
Isto é, com o fato da Igreja não ficar de fora do debate público no tocante ao poder Legislativo, responsável por criar e promulgar as leis que regem a vida pública em diversos aspectos, incluindo o religioso.
“Nós vamos precisar dos irmãos e irmãs que se elegeram. Não é para defender a Igreja de Deus, porque quem defende a Igreja é o Senhor Jesus. Mas há necessidade de termos pessoas da nossa Igreja ocupando cargos eletivos”, conclui o pastor. Veja também:
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