A decisão de um pastor vem causando a divisão de opiniões nas redes sociais. Isso, porque, ele resolveu proibir que todos os funcionários ligados à igreja que lidera, simplesmente não expressem qualquer posição política, até mesmo em seus próprios ambientes.
Se trata do pastor Silas Paulo de Souza, presidente das Igrejas Assembleias de Deus em Cuiabá (MT). O líder religioso emitiu um comunicado proibindo que diretores, colaboradores e funcionários da igreja e instituições ligadas à ela, como a Fundação Cantares de Salomão e a Sociedade Beneficente Evangélica (SBE), não façam defesa política de qualquer candidato.
Se algum dos funcionários quiser expressar suas opiniões políticas publicamente, deverá se afastar do cargo que ocupa, segundo informações do JM Notícias.
Contraste
A posição do pastor Paulo Souza, por outro lado, não é compartilhada, por exemplo, por nomes do meio evangélico como o pastor André Valadão. Para o líder da Lagoinha Orlando Church, os cristãos devem, sim, assumir uma posição clara em relação à política.
Valadão citou como exemplo a mobilização que os defensores das ideologias de esquerda fazem em prol das suas pautas. “Eles são claros. Falam o que acreditam. Eles vão para a rua e aparelham sua ideologia aonde eles podem”, disse ele em março desse ano.
Para Valadão, a inércia do cristão diante das causas políticas contribui para o avanço do mal no mundo. Ele fez um comparativo com a postura de Cristo e dos seus discípulos, que em suas épocas não abriram mão de defender a verdade.
“Agora, aquele que é o cristão, que tem a Palavra, que tem algo para defender não quer. ‘Não quero guerra com ninguém’, ‘não quero me posicionar porque vou ser perseguido’. Meu Deus! O nosso Senhor foi morto! Ele foi morto, crucificado. Todos os nossos apóstolos foram mortos por causa de um posicionamento, porque não é essa vida, mas é aquilo que a gente tem para viver eternamente”, concluiu.