É tempo de anunciar Cristo, sem meias palavras e sem atitudes que comprometam o Evangelho. Esse foi o recado do pastor Francis Chan durante sua pregação na conferência “Awaken The Dawn”, realizada no último sábado, 07 de outubro.
O evento – que pode ter o título traduzido para “despertar ao alvorecer” – reuniu dezenas de milhares de cristãos de todos os estados dos EUA em Washington, DC, e o pastor encorajou os fiéis a estarem dispostos a moldar suas vidas para servir a Cristo e a não deixar de ser ousado ou negociar valores por medo de soar “politicamente incorreto”.
“O que beneficia um homem se ele ganhar o mundo inteiro e perder a sua própria alma?”, questionou, parafraseando Jesus na passagem de Marcos 8:36. “Eu te prometo, se você tentar salvar sua vida, você vai perdê-la, mas você não vai se arrepender”, acrescentou.
De acordo com informações do portal The Christian Post, Francis Chan está à frente de um ministério de igrejas domésticas na região metropolitana de São Francisco, a cidade símbolo do ativismo gay nos Estados Unidos. O movimento chamado We Are Church (“Nós somos a Igreja”) tem crescido e levado o pastor a observar a necessidade de expor o Evangelho às pessoas.
“Vivemos num tempo em que os cristãos estão começando a mudar sua teologia porque estão envergonhados das palavras de Jesus Cristo, simplesmente porque elas não não são mais ‘populares’. Nós podemos ocupar nossas vidas com coisas boas que não são as coisas mais importantes, e eu sinto que há uma evasão no cristianismo de hoje”, observou.
O contexto do alerta de Chan é que existem muitos cristãos se envolvendo em causas nobres e politicamente corretas, como cuidar dos pobres, lutar contra o tráfico humano e combater o racismo, mas esquecendo do “Ide”. “Mas só percebo que ao mesmo tempo, há muito poucas pessoas que realmente pregam o Evangelho. E eu acho que sei por quê”, provocou.
“Eu nunca fui perseguido por alimentar os pobres. Sou aplaudido por isso. Ninguém nunca me perseguiu por minha luta contra o tráfico de seres humanos. Eles me aplaudem por isso. Ninguém se irrita comigo porque eu busco a unidade da Igreja, a reconciliação racial ou mesmo reconciliação entre denominações”, salientou.
No entanto, o pastor também destacou que “a perseguição vem quando o cristão compartilha as verdades fundamentais do Evangelho que não são politicamente corretas”, e que é justamente isso que faz com que as igrejas e os próprios fiéis deixem de anunciar o Evangelho puro e simples.
“Quando eu digo às pessoas que elas são, por natureza, um alvo da ira, e que devem ficar diante do Deus Santo e que não há um nome sob o céu pelo qual você pode ser salvo, exceto pelo nome de Jesus Cristo… E quando eu alerto sobre o pecado, pelo o que ele realmente é citado nas Escrituras, aí sim eu sou perseguido”, afirmou. “E há momentos em que eu terei vergonha do Evangelho. Eu vou me encolher e não vou dizer tudo o que Deus me chama para dizer”, adicionou, fazendo um exercício de autocrítica que pode ser aplicado a qualquer cristão.
Todas as ações sociais são nobres e contam com a simpatia de todos, segundo o pastor, incluindo ele próprio. Porém, Chan fez um voto público, dizendo-se disposto a “destruir sua reputação” diante da sociedade contemporânea, pelo bem da divulgação da verdade bíblica.
“Eu vou abdicar da minha vida, perderei a minha reputação, e minha posição moral em uma cidade como São Francisco, mas eu não quero mais ter vergonha de Jesus e Suas Palavras, porque eu não quero que Ele se envergonhe de mim quando Ele voltar. Tudo o que eu quero fazer esta noite é apenas pedir a vocês que se consagrem totalmente a Jesus”, convidou.
Ao final, incentivou o estudo da Bíblia Sagrada cotidianamente: “É hora de nos confrontarmos novamente, como o apóstolo Paulo, que escreveu sobre sua ‘angústia’ por aqueles que ainda não conheciam a Jesus. Eu sei que não é divertido. Mas se nós vamos abdicar de nossas nossas vidas, a Bíblia diz que quando você fizer isso, aí é quando você vai encontrá-la”.