Nove igrejas atacadas e vários mortos entre Sábado e Segunda-feira, numa série de ataques concertados por todo o país.
Dias depois de um dos mais altos responsáveis da Igreja Católica no Iraque ter realçado a aparente calma que reinava no país desde a saída das tropas americanas, uma vaga de atentados voltou a lançar o pânico entre a população cristã que ainda resta no país.
Os primeiros atentados tiveram lugar no Sábado à noite, em vários pontos de Bagdade, atingindo igrejas católicas e ortodoxas. Pelo menos 4 pessoas morreram e várias ficaram feridas. As Igrejas também sofreram vários danos.
Domingo viu novas explosões, e o cenário repetiu-se na Segunda-feira de manhã em Kirkuk, com um atentado a fazer tremer a Igreja de Nossa Senhora de Fátima.
Num outro incidente, que pode ou não estar relacionado, um autarca cristão em Kirkuk foi assassinado à porta de sua casa.
Teme-se agora a repetição do êxodo de cristãos do país, ou pelo menos da capital e da cidade de Kirkuk, como já ocorreu por diversas ocasiões. Muitos dos cristãos procuram asilo nos países vizinhos, seja na Jordânia ou na Síria. Alguns conseguem posteriormente chegar ao Ocidente. Contudo, muitos preferem permanecer no seu país, mas no território controlado pela autoridade curda, muito mais estável, onde se sentem mais protegidos.
Estima-se que, desde o começo da guerra, cerca de 600 mil cristãos tenham abandonado o país, isto de uma população inicial que rondaria o milhão.
De acordo com uma fonte citada pela agência AsiaNews, estes ataques tendem a surgir em alturas em que surgem eleições, e podem ser entendidos como um aviso às populações cristãs.
O bispo auxiliar da Igreja Caldeia de Bagdade, Shlemon Warduni, afirma não saber quem é que está por detrás dos atentados: “Se soubesse quem era, rezava por eles. A oração une-nos como irmãos. É a nossa única arma. Com a oração podemos matar a guerra”, afirmou.
Fonte: Renascença / Gospel+
Via: Notícias Cristãs