A Franciscans Internacional denunciou o aumento da violência étnica no Sri Lanka e exortou o governo a garantir a segurança aos civis que foram capturados no combate entre os Tigres de Libertação de Tamil Eelam (TLTE) e o Governo.
“O contínuo conflito entre as Forças Armadas do Sri Lanka e os Tigres de Libertação de Tamil Eelam no norte do Sri Lanka empurrou os civis para uma pequena área rodeada por campos de batalha”, disse a FI numa declaração.
“Muitos civis são vítimas de bombardeamentos de artilharia, bombardeios aéreos e ataques de minas Claymore das forças governamentais e dos TLTE. Os fortes bombardeamentos na região fizeram com que a entrega de alimentos, bem como de material médico de emergência, se tornasse quase impossível devido aos contínuos combates. Isto tem causado grave escassez de alimentos na região.”
Mais de 70.000 pessoas foram oficialmente contabilizadas como mortas na guerra desde 1983. Os militantes TLTE têm vindo a reclamar a independência de um estado chamado Tamil Eelam.
Para além disso, a organização de direitos humanos pediu às autoridades do Governo para permitir que agências de socorro e grupos não governamentais prestem “ajuda humanitária a civis vulneráveis”.
Em Setembro do ano passado, foi negada a entrada a agências da ONU e a outras organizações de auxílio. O Governo, no entanto, concedeu permissão ao Comité Internacional da Cruz Vermelha.
Entretanto, o Bispo de Jaffna e vários outros líderes eclesiásticos entraram em greve de fome para conseguirem a libertação de milhares de civis encurralados em Vanni, no nordeste do Sri Lanka.
“Os meus padres e irmãs disseram-me que não vão abandonar o povo. Vão acompanhá-los para onde quer que eles vão”, disse o Bispo Thomas de Jaffna.
“Tendo vivido sempre com o povo, eles não irão abandoná-los neste momento de crise.”
Expressando esperança, Thomas disse: “Eu sou um Cristão e Deus ensinou-nos que, não através da violência, mas através do amor podemos alcançar a paz.”
O chefe da ONU, Ban Ki-moon, juntou-se a outros no apelo à paz e à passagem em segurança dos civis daquela nação insular.
Ele apelou a Colombo e aos TLTE “a fazerem tudo o que estiver ao seu alcance para fazer desta passagem segura uma realidade, e assegurarem a protecção dos civis em conformidade com o direito internacional humanitário”.
Fonte: Diário Cristão / Gospel+