Donald Trump assumiu como 45º presidente dos Estados Unidos após vencer as eleições prometendo “fazer a América grande de novo”, o que na visão de muitos norte-americanos, se traduz em defender o país e as tradições. Uma das promessas que levaram o bilionário à Casa Branca foi transferir a embaixada do país em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, reconhecendo a Cidade Santa como capital israelense. Agora, ele está sendo cobrado.
A cobrança, quase imediata, se dá pelo fato de que, horas depois de ter tomado posse como presidente, Donald Trump assinou decretos para iniciar as mudanças que planejou para o projeto assistencial de saúde criado por seu antecessor, Barack Obama.
Desta forma, Trump agora vê seus apoiadores exigirem que ele coloque em prática o discurso adotado durante a campanha. Legalmente, o presidente norte-americano já tem os poderes necessários para isso, uma vez que o Congresso aprovou, em outubro de 1995, uma lei de reconhecimento de Jerusalém indivisa como capital de Israel, assim como a autorização do financiamento da transferência da embaixada norte-americana para lá.
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Susan Michael, diretora da International Christian Embassy em Jerusalém, comentou a situação e afirmou que Israel é o único país em que a embaixada não está localizada na capital, devido a postura da Organização das Nações Unidas (ONU) em não reconhecer Jerusalém como sede do Estado de Israel, criado em 1948.
“Milhões de cristãos em todo o mundo entendem, com base na Bíblia, o significado espiritual de Jerusalém para o povo judeu, que foi estabelecida como capital de Israel há cerca de 3 mil anos pelo rei Davi”, disse Susan ao site Jewish News Service.
Para Susan, existe uma forte corrente no meio cristão que leva à cabo a lei espiritual apresentada em Gênesis 12:3: “’Abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem’. Os cristãos querem ver os EUA apoiando Israel e desfrutando das bênçãos que este apoio trás”, frisou.
De acordo com informações do portal Christian Daily, o presidente da organização Christians in Defense of Israel, Matthew Staver, seguiu a mesma linha, e destacou que deixar de reconhecer Jerusalém como capital é um gesto antissemita.