Jerusalém será reconhecida pelos Estados Unidos como a capital unificada de Israel no governo do presidente eleito Donald Trump. A promessa de campanha do bilionário foi reafirmada por uma assessora da equipe de transição do mandatário que assume o cargo no dia 20 de janeiro de 2017.
Kellyane Conway afirmou durante uma entrevista na última segunda-feira, 12 de dezembro, que Trump vai levar adiante o compromisso feito em campanha. O reconhecimento, já aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos décadas atrás, depende da postura diplomática do presidente.
“Essa é uma grande prioridade para o presidente eleito. Ele deixou muito claro durante a campanha […] Depois da eleição, ouvi ele repetir isso várias vezes em particular, e até mesmo publicamente”, ressaltou Conway.
A relação dos Estados Unidos com Israel é antiga, mas esteve estremecida nos oito anos da administração Barack Obama. O presidente em final de mandato nunca desonrou os compromissos bilaterais, mas adotou uma postura de neutralidade nas questões que envolviam a nação judaica, o que terminava gerando favorecimento aos países do Oriente Médio.
Segundo a assessora, o reconhecimento de Jerusalém como capital unificada “é algo que nosso amigo Israel, um grande amigo no Oriente Médio, apreciaria”, e que tem aprovação da população: “Muitos judeus americanos se expressaram a favor. É um grande passo. Parece um movimento fácil de fazer”, reiterou.
Segundo a mídia internacional, outros presidentes – como o republicano George W. Bush – chegaram a falar sobre o assunto, mas nunca deram passos práticos para o reconhecimento de Jerusalém.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou em entrevista à emissora CBS que está confiante que terá uma relação melhor com Trump do que com Obama: “Conheço muito bem Donald Trump. Acredito que sua atitude, seu apoio a Israel está claro. Ele tem sentimentos muito claros sobre um Estado judeu, sobre as pessoas judaicas, não há dúvidas sobre isso”, afirmou, no último domingo, 11 de dezembro.
O próprio Trump deu indícios, numa entrevista à Fox também no último domingo, que tem certeza que seu genro, Jared Kushner – um judeu ortodoxo – poderia “fazer a paz no Oriente Médio”. Kushner vem sendo cotado para assumir um cargo de alto escalão no governo norte-americano.