O reverendo Franklin Ferreira, escritor e professor de teologia, virou alvo de ameaças e xingamentos após participar de um evento de debate promovido pelo Movimento Brasil Livre (MBL).
A polarização política entre esquerda e direita na sociedade vem marcando a atuação de muitos evangélicos, com o grupo que se identifica “cristãos progressistas” adotando um tom acima em suas manifestações.
Ferreira usou sua página no Facebook nesta segunda-feira, 13 de maio, para compartilhar imagens de agressões verbais sofridas nas redes sociais feitas por manifestantes políticos de esquerda que se apresentam como “cristãos progressistas”.
Segundo o reverendo, sua participação no evento se deu para debater o “papel do cristão na política”, e terminou com demonstrações do “ódio do bem” dos manifestantes de esquerda.
“Minha participação nesse evento foi suficiente para insuflar alguns fanáticos esquerdistas, que vivem para amar odiar. Estes, que se autodenominam ‘cristãos progressistas’, fazem o que sabem fazer melhor: uns vomitam palavrões; outros ameaçam com violência; e alguns, que se acham sofisticados em suas palavras, nem devem saber conceituar o que é ‘extrema-direita’, quanto mais ‘hermenêutica’”, escreveu Ferreira.
Em seu desabafo, Franklin Ferreira se disse impressionado com “o nível de absoluta cegueira destes esquerdistas, sobretudo dos ‘cristãos progressistas’”, já que atuam de forma a recusar qualquer conceito que se oponha às suas crenças.
“Eles reinterpretam a fé cristã para amoldá-la à sua ideologia e vivem para defender um presidiário corrupto e lavador de dinheiro condenado duas vezes pela Lava Jato, bandidos soltos e inimputáveis, drogas e aborto liberados, educação doutrinada e altos impostos para sustentar a corja socialista no poder. Seu lema é ‘tudo no Estado, nada contra o Estado e nada fora do Estado’. Sonham e vivem para tornar o Brasil uma Cuba, Venezuela ou Coreia do Norte”, disparou o reverendo.
Ao final, enfatizou que os conceitos que defende são um esforço para a manutenção da laicidade do Estado, de liberdades inegociáveis e da democracia. “Defendi os valores que formaram os Estados Unidos, o Reino Unido, a Holanda e a Suíça, países onde nunca houve ditadura”.
Confira a íntegra da publicação do reverendo Franklin Ferreira:
O ÓDIO DO BEM EM AÇÃO
No sábado passado falei num evento regional do MBL – Movimento Brasil Livre. Fui convidado a participar de um painel para tratar do papel do cristão na política, junto com Paulo Cruz, Wesley Felipe e Eric Balbino de Abreu.
Minha participação nesse evento foi suficiente para insuflar alguns fanáticos esquerdistas, que vivem para amar odiar. Estes, que se autodenominam “cristãos progressistas”, fazem o que sabem fazer melhor: uns vomitam palavrões; outros ameaçam com violência; e alguns, que se acham sofisticados em suas palavras, nem devem saber conceituar o que é “extrema-direita”, quanto mais “hermenêutica”.
Aliás, teve palpiteiro “isento” que me cobrou neutralidade, mas que em seu perfil publica foto sorridente ao lado de governador alvo de duas investigações da PGR (e que também é filho de um senador investigado em 13 inquéritos no Supremo no STF).
Impressiona o nível de absoluta cegueira destes esquerdistas, sobretudo dos “cristãos progressistas”. Eles reinterpretam a fé cristã para amoldá-la à sua ideologia e vivem para defender um presidiário corrupto e lavador de dinheiro condenado duas vezes pela Lava Jato, bandidos soltos e inimputáveis, drogas e aborto liberados, educação doutrinada e altos impostos para sustentar a corja socialista no poder. Seu lema é “tudo no Estado, nada contra o Estado e nada fora do Estado”. Sonham e vivem para tornar o Brasil uma Cuba, Venezuela ou Coreia do Norte.
Eu expus no evento a necessidade de se valorizar a divisão entre os poderes da República, o dever e direito de afastar governantes corruptos, a liberdade de expressão, uma noção não-hierárquica da sociedade, e que cristãos que servem na esfera pública devem “encontrar formas de defender suas ideias dentro de um jogo conceitual sem referência à linguagem da fé, mas usando termos da filosofia e do comportamento humano histórico”. Em suma, defendi os valores que formaram os Estados Unidos, o Reino Unido, a Holanda e a Suíça, países onde nunca houve ditadura.
Há simetria entre estas duas visões de mundo?
Como Yago Martins escreveu, “oro para que Deus cure a alma desses moços. A raiva que sentem não nos contamina. Podem nos matar, mas não podem nos condenar. Estamos do lado do bom, e isso basta. Deus os cure”.