O pastor Franklin Ferreira é um dos teólogos mais proeminentes no contexto brasileiro atual. Diretor do Seminário Martin Bucer e consultor acadêmico de Edições Vida Nova, ele também é escritor, e uma das obras que ganhou destaque nacional assim que foi lançada foi “Contra a Idolatria do Estado – O Papel do Cristão na Política”.
Em uma publicação recente em sua rede social, Franklin Ferreira abordou os chamados “cristãos progressistas“, identificados por serem favoráveis a uma teologia mais liberal, onde muitos dos quais defendem, por exemplo, a descriminalização do aborto e a ordenação de homossexuais ao ministério.
Ferreira explica que esses cristãos desvirtuaram o trabalho da igreja cristã. “Estes ‘cristãos progressistas’ desprezam as igrejas tradicionais. Geralmente priorizam agências paraeclesiásticas ou ONGs apartadas das igrejas tradicionais”, escreveu ele.
“Mas foram justamente as igrejas tradicionais no Brasil, presentes do Oiapoque ao Chuí e do asfalto às favelas, que fundaram em nosso país hospitais, escolas, universidades, orfanatos, asilos, institutos para deficientes visuais, etc”, destaca.
Franklin Ferreira enfatizou que o trabalho voltado para os pobres e excluídos existe nas igrejas tradicionais, já que também é fruto do Evangelho, mas que isso é consequência do amor de Cristo e do trabalho missionário. O pastor citou o acolhimento de dependentes químicos como exemplo.
“A ‘Cristolândia’, projeto de uma denominação batista, é exemplo de um programa de prevenção, recuperação e assistência a dependentes químicos, que busca a transformação destas vidas por meio do evangelho de Jesus Cristo”, acrescenta o pastor.
“A serviço da esquerda”
Ferreira também explica que o progressismo (teologia liberal) se diferencia do Evangelho porque resulta na desfiguração da igreja em relação ao seu propósito original, que é anunciar a Jesus Cristo como único e suficiente Salvador.
“Os ‘cristãos progressista’” tendem por subverter a Igreja, a comunidade da Palavra e do Sacramento, transformando-a numa mera associação social e humanitária a serviço da esquerda. Mas quando isso ocorre, pastores progressistas, metidos a intelectuais, ricos e bem vestidos, não mais cuidam dos membros da igreja – somente os usam”, ressalta Ferreira.
Finalmente, o pastor destaca o que chamou de “missão suprema da igreja”, alertando para a necessidade que temos de pregar o Evangelho acima de qualquer coisa, visto que a mudança de perspectiva moral (consequentemente a salvação espiritual) é a condição indispensável para a transformação da sociedade.
“É necessário afirmar que proclamar que todo ser humano está destituído da glória de Deus e que por que isso está destinado à morte eterna, e que crer no evangelho de Cristo Jesus, que de acordo com a Escritura morreu e ressuscitou por pecadores, é o que nos assegura a vida eterna, é a missão suprema da igreja”, conclui.