Em tempos de crescente perseguição aos cristãos mundo afora, com o comunismo na China impedindo de forma ainda mais contundente a reunião e culto nas igrejas, e o genocídio de fiéis na Nigéria pelas mãos do Bolo Haram, entre outros casos, o pastor Caio Fábio declarou que o “cristianismo devia ter apanhado mais”.
Em entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan, Caio Fábio foi perguntado sobre a perseguição aos cristãos na sociedade atual, e se saiu com uma resposta politicamente correta, legitimando os ataques aos fiéis.
“Eu acho que o cristianismo apanhou até pouco, deveria apanhar muito mais. Eu, por exemplo, sou um cristão que não tenha absolutamente nada a ver com o cristianismo […] uma construção do quarto século para cá, que também não tem nada a ver com Jesus, tem muito mais a ver com o Império Romano, com interesse do imperador Constantino, com a necessidade de ter uma convergência de natureza religiosa que fizesse aquele Império que já estava todo esfacelado e em derrocada absoluta, encontrasse um foco e um ponto de convergência em torno do qual Constantino pudesse unir todo o Império, que foi o que ele fez”, afirmou.
Em seguida, teceu críticas aos líderes que transformaram a fé em meio de vida: “Nesse sentido, ele [Constantino] foi um gênio. E os cristãos viraram uma bancada evangélica de Constantino. Ou seja, todo mundo na mão dele. Ali terminou a simplicidade do Evangelho de Jesus e começou essa história, horrorosa, do cristianismo estatal, da espada e das influências políticas”.
Em outro ponto, Caio Fábio disse que a sociedade vive um período de angústia generalizada e maior do que nunca, pois o medo da morte e a possibilidade de uma catástrofe potencializam esse sentimento.
“A gente entrou em uma contagem regressiva para uma coisa muito ruim. Ou algo é feito em favor do ser humano ou vamos experimentar dias muito ruins”, disse ele, comparando os líderes mundiais aos cavaleiros do apocalipse: “A catástrofe já está aqui. Estamos diante de verdadeiros cavalos do apocalipse”.