Inserida entre os Direitos Humanos promulgados pela ONU, a liberdade religiosa é uma das garantias constitucionais dos brasileiros que mais é alvo de agressões. E não é diferente no resto do mundo. A cristofobia foi tema de uma entrevista feita pelo comentarista político Caio Coppolla com a ministra Damares Alves.
Coppolla conversou com exclusividade com a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos para sua plataforma noticiosa no Instagram, durante o intervalo da participação de Damares Alves no programa Pânico, da rádio Jovem Pan FM, na sexta-feira, 11 de outubro.
A cristofobia, um assunto renegado pela grande mídia, pautou a conversa. Caio Coppolla lembrou do episódio em que fiéis foram massacrados num atentado terrorista no Sri Lanka durante a celebração da Páscoa, em abril último, e que o ex-presidente Barack Obama, e a ex-senadora Hillary Clinton (ambos do Partido Democrata, de esquerda) se referiram como “adoradores da Páscoa”, numa postura de recusa em reconhecer que cristãos tinham sido vítimas de perseguição religiosa.
“Aqui no Brasil a gente vê esse preconceito de forma mais velada, especialmente em relação ao público evangélico”, disse Caio Copolla, que questionou Damares Alves sobre “como fazer para lidar com esse preconceito religioso que fere os nossos Direitos Humanos sendo um bom cristão, com perdão, dando a outra face, sem perder a compostura”.
A ministra, então, disse que são necessários alguns passos: “A gente precisa admitir que isso existe de verdade, e que no Brasil a intolerância religiosa e o preconceito com relação á religião é uma realidade”, introduziu. “Sabendo que existe, [é preciso] lutar contra o preconceito e contra todos os ataques por conta de nossa fé; como bons cristãos nós sabemos que seríamos perseguidos, humilhados, que nós seríamos envergonhados. Isso faz parte da nossa fé. Podemos reagir, mas com mansidão, com sabedoria”, acrescentou, em seguida.
Em seguida, Damares Alves incentivou a busca por conhecimento: “Leiam. Nós temos leis e nós temos direitos. Vamos trabalhar usando a legalidade, usando a lei a nosso favor. É dessa forma que eu reajo, Sempre que possível eu aciono a lei, porque nesta nação nós temos a liberdade de culto e a liberdade de fé”, frisou a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Em sua conclusão, Caio Coppola lembrou que o direito à fé congrega em si vários outros direitos: “Liberdade de associação, liberdade de crença, liberdade de pensamento, liberdade de expressão”, lembrando que a “liberdade religiosa é um princípio basilar e que a religião do próximo deve ser respeitada, seja ela qual for.”
“Fiquem com Deus – ou sem Deus – mas sempre respeitando a liberdade de crença do próximo”, finalizou o comentarista político.
Assista à entrevista que trata de cristofobia: