O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos) está novamente no centro de críticas por conta de uma decisão tomada na instalação de um tomógrafo para atender os moradores da favela da Rocinha.
Como o prédio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Rocinha precisa ser adaptado para a instalação do equipamento, a prefeitura do Rio de Janeiro decidiu instala-lo provisoriamente no estacionamento de uma filial da Igreja Universal do Reino de Deus na favela.
A instalação, segundo a prefeitura, poderá ser feita no intervalo de pouco mais de uma semana, já que a área da igreja – da qual o prefeito é bispo licenciado – tem a infraestrutura básica já à disposição, e que, após as obras de adequação da UPA, o tomógrafo será transferido definitivamente ao prédio da unidade de saúde.
De acordo com informações do portal G1, representantes dos moradores comentam a decisão da Prefeitura em tom de surpresa e preocupação: “Aqui vai ser feito o local para instalação do tomógrafo, onde deveria ser na UPA, conforme prometido pela Secretária de Saúde que seria na UPA. Agora, surpreso, vai ser aqui na Igreja Universal”, disse um morador, em um vídeo que foi veiculado pelo telejornal RJTV, da Globo.
O tomógrafo foi importado pela prefeitura do Rio de Janeiro da China, e é um equipamento moderno, de alta definição, permitindo o diagnóstico preciso do novo coronavírus.
De acordo com o portal Veja Rio, a Rocinha já contabiliza 53 infectados pela Covid-19 e seis mortos. Um dos argumentos da prefeitura é que a instalação provisória vai permitir que o equipamento seja colocado em funcionamento mais rapidamente, beneficiando os moradores com o diagnóstico precoce.
“O objetivo é atender a região nesse período de pandemia, quando o diagnóstico rápido é fundamental para salvar vidas. Depois, os tomógrafos serão direcionados a unidades de saúde do município, em caráter permanente”, resumiu o comunicado da prefeitura.