A TV Globo e os demais veículos de comunicação do grupo, como os jornais Extra e O Globo e emissoras de rádio CBN e Globo, por exemplo, vêm adotando uma postura de extrema hostilidade ao mandato do prefeito Marcelo Crivella (PRB) no Rio de Janeiro. Diante disso, o bispo licenciado da Igreja Universal resolveu contra-atacar.
Em uma entrevista veiculada na Record TV (emissora de propriedade de seu tio, bispo Edir Macedo), Crivella afirmou que a emissora da família Marinho se opõe a todas as suas iniciativas por ser contra os evangélicos.
Durante uma participação no programa Fala Que Eu Te Escuto, Crivella afirmou ao bispo Edgar Brum que há parcialidade na grande mídia da Cidade Maravilhosa nas críticas feitas ao seu mandato, e citou o exemplo da viagem “informal” que fez à Europa durante o último carnaval.
“Quando eu chego à prefeitura todo o dia pela manhã, às 6h, e não tenho hora para sair, nós somos maltratados pela imprensa. Quando viajamos, parece que a imprensa fica com saudades, e reclama por termos viajado. É um paradoxo”, ironizou Crivella.
O carnaval, aliás, tem sido um dilema recorrente do mandato de Crivella. Em junho do ano passado o prefeito anunciou que cortaria 50% da verba destinada ao carnaval de 2018 e usaria essa parte para reforçar o caixa da educação. A iniciativa polêmica gerou protestos das escolas de samba.
O valor cortado do carnaval foi R$ 1 milhão e afetaria, aproximadamente, 17% do orçamento das escolas de samba. No entanto, essa perda foi reposta através de aportes feitos pela iniciativa privada, com incentivo da prefeitura, na casa de R$ 6,5 milhões (o que representou aumento de R$ 500 mil no orçamento de cada escola de samba), de acordo com informações da Folha.
Além desse detalhe, o corte feito por Crivella não representou uma perda real para as escolas de samba, já que até 2016, o aporte feito pela prefeitura era de R$ 1 milhão anual. Na prática, a prefeitura repassou o mesmo valor que vinha repassando nos anos anteriores. Os verdadeiros cortes vieram da Petrobras e do governo do Estado, que em 2017 não fizeram repasses.
“As pessoas, é claro, são manipuladas por um setor da mídia, que também não recebeu os recursos que costumava receber. Eles acabam conduzindo as pessoas a culparem por todas as suas tristezas o líder político, e precisamos estar preparados para isso”, comentou Crivella, fazendo uma crítica à manipulação das informações.
Por fim, Crivella deu nomes aos bois: “As pessoas que me conhecem, as pessoas que me apoiam, sabem da controvérsia que a empresa Globo tem contra os evangélicos. A campanha difamatória que a Globo faz, consistentemente, não podia esperar outra coisa, né?”, pontuou. “Mas o povo sabe qual é a verdade, sabe como eu trabalho, e sabe que eu fui só viajar para trazer informação para ajudar o Rio de Janeiro”, acrescentou.
Confira a entrevista de Crivella no vídeo abaixo: