A natureza comunista da ditadura instaurada em Cuba pelos irmãos Castro continua ampliando a perseguição religiosa aos cristãos na ilha, com indicativos que apontam que o cerceamento da fé tem se intensificado.
A organização Christian Solidarity Wordwide (CSW) informou que as autoridades do país têm agido contra instituições protestantes e católicas, mesmo após lideranças das duas tradições cristãs se posicionarem pedindo que o governo protegesse seu direito à liberdade religiosa. Na prática, as igrejas vêm sofrendo maior assédio governamental.
“Os líderes religiosos que assumiram um papel de liderança na campanha, tanto a nível local quanto nacional, relataram que a pressão sobre eles continua alta. No ano passado, muitos escolheram fugir do país e buscar refúgio no exterior”, alerta a CSW.
Agentes de segurança do Estado e funcionários do Partido Comunista Cubano têm abordado líderes evangélicos e católicos com questionamentos que, no fundo, tinham a função de ressaltar que as igrejas estão sob monitoramento: “Essas visitas e reuniões pareciam ter a intenção de intimidar os líderes religiosos e conscientizá-los de que estão sob vigilância”, destaca o comunicado da CSW.
Exemplos de assédio às igrejas foram enumerados pela organização: “Alguns foram avisados pelos agentes e autoridades que a educação de seus filhos ou seu próprio emprego poderiam ser ameaçados se eles continuassem com suas atividades”, afirma o texto, segundo informações do portal The Christian Post.
Destacando a urgência da situação, a CSW pediu que lideranças políticas, inluinco a Organização das Nações Unidas (ONU) e o governo dos Estados Unidos, tomem iniciativas para lidar com o problema: “O Departamento de Estado dos EUA deve continuar acompanhando de perto as violações de liberdade religiosa em Cuba e considerar a possibilidade de adicionar o país à Lista de Observação Especial”.
“O Departamento de Estado deve garantir que todos os relatórios das violações de liberdade religiosa reflitam plenamente a opinião das igrejas e líderes religiosos marginalizados, ao invés de posições de funcionários e escritórios estatais”, acrescenta o texto, sugerindo que há influência ideológica em altos escalões impedindo que medidas práticas de garantia da liberdade religiosa sejam adotadas em Cuba.