Milhares de missionários cristãos se arriscam pelo mundo por amor ao evangelho de Jesus Cristo. Eles cumprem o dever da “Grande Comissão”, anunciando a salvação através do sacrifício feito na cruz para todos os povos, incluindo os que vivem nas regiões mais remotas e perigosas o planeta.
Entre os riscos mais comuns enfrentados pelos missionários cristãos, além da perseguição religiosa e intempéries da natureza, estão às doenças contraídas no campo, como a malária, uma infecção provocada pelos protozoários do gênero Plasmodium e transmitida através da picada da fêmea do mosquito do tipo Anopheles.
A África é um dos continentes onde há grande incidência de infecção por malária, mas também onde o número de pessoas carentes do evangelho de Jesus Cristo e assistência social é altíssimo, e foi esse o local onde o pastor Steve Lawson, de Greenville, Texas (EUA), resolveu passar um tempo como missionário cristão.
Lawson foi para a Nigéria, considerado atualmente um dos países mais perigosos para os cristãos. Sua esposa Karen Lawson, com quem é casado há 29 anos, também estava com ele e foi ela quem percebeu que havia algo de errado com o marido alguns dias depois de já estarem no campo missionário.
“Eu tentei acordá-lo, mas ele não acordou. E ele não me conhecia, como se seus olhos estivessem abertos, mas ele não me reconheceu. Ele estava dizendo palavras que não significavam nada”, disse Karen, segundo informações da rede WFAA.
O pastor Lawson foi socorrido e entrou em coma. Os médicos diagnosticaram a malária, porém, com uma complicação muito mais grave, conhecida como malária cerebral. Ela pode ser confundida com meningite, tétano, epilepsia e outras neurológicas, devido alguns sintomas parecidos, como desorientação, rigidez na nuca, convulsões e o próprio estado de coma, além de falência múltipla dos órgãos.
Por conta da falta de estrutura adequada para o atendimento, o casal foi transferido para um hospital na França. “Quando Karen disse que estávamos em Paris, eu pensei: ‘O que estamos fazendo em Paris?’ Eu não sabia que tinha perdido quase duas semanas”, disse Steve.
Aos poucos o pastor Lawson foi se recuperando. Uma enorme rede de orações e apoiadores do casal missionário fez muita diferença durante esse tempo, até que em 29 de maio o evangelista já estava conseguindo reconhecer os parentes e se comunicar com eles.
Apesar de ter estado à beira da morte, isso não serviu para intimidar o pastor Lawson. Pelo contrário, ele está ainda mais encorajado, porque se Deus permitiu que isso lhe ocorresse, é porque há um propósito maior:
“Isso me motiva ainda mais, porque meu pensamento é, se eu fui poupado disso, há uma razão para isso. Existe um propósito por trás disso. Eu já estou pensando sobre a minha próxima viagem”, disse ele.